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AVANÇO

Aumento de empregos faz 55% dos beneficiários deixarem o Bolsa Família no Piauí

Os dados do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), mostram o panorama da evolução econômica e social do Piauí, ao longo de 14 anos

Da Redação

Sábado - 21/10/2023 às 09:06



Foto: Divulgação MDS Bolsa Família
Bolsa Família

O piauiense está trabalhando mais e conquistando a independência econômica, o que tem permitido a diminuição da dependência de programas sociais no Piauí. Dados do Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) revelam que 55,4% dos inscritos no CadÚnico, em 2005, não dependem do Bolsa Família desde o ano de 2019, quando saíram do cadastro. Do total que recebia o benefício, 30,1% permanecem em programas de transferência de renda.

Este é um reflexo do avanço na geração de emprego e renda no Piauí, que permite que as famílias possam conquistar o próprio sustento, de forma independente. De acordo com números do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Brasil (CAGED), autarquia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),  os piauienses atingiram a maior variação relativa na geração de empregos em todo o Brasil, entre os meses de janeiro e agosto.

Segundo números divulgados pela Superintendência de Pesquisas Econômicas e Sociais da Secretaria de Estado do Planejamento do Piauí (Cepro), o índice estadual é de 6,14% no acumulado do ano, ou seja, nos oito primeiros meses de 2023, foi gerado um saldo positivo de mais 19.271 postos de trabalho. Isto consolida o Piauí no topo do ranking nacional, à frente do Mato Grosso (6,12%) e Roraima (6,01%).

Para Diarlison Costa,  diretor de Estudos Econômicos e Estatísticas da Secretaria de Planejamento do Piauí (Semplan), a significativa redução de piauienses inscritos no CadÚnico é um indicador de grande importância para a compreensão da dinâmica socioeconômica do Piauí. "Essa evolução apresenta uma série de aspectos positivos e tem implicações que merecem ser analisadas em detalhes. Primeiramente, essa redução pode ser interpretada como um sinal positivo de progresso econômico e social, quando famílias que antes eram atendidas pelo CadÚnico deixam de necessitar dessa assistência, é um indício de que elas conseguiram melhorar suas condições de vida e alcançar o maior nível de autonomia financeira", revela o diretor.

Diarlison Costa explica que o dado é resultado de fatores como acesso a melhores oportunidades de emprego, programas de capacitação, desenvolvimento de negócios locais e outros elementos que contribuem para fortalecer a economia doméstica. "Essa melhoria na situação das famílias também é reflexo de políticas públicas eficazes em áreas como educação, saúde, habitação e desenvolvimento regional. Investimentos nessas áreas têm proporcionado às famílias piauienses um caminho para sair da condição de vulnerabilidade e buscar uma vida mais estável", acrescenta Diarlison.

A pessoa faz inscrição no CadÚnico para ter acesso a vários programas. O Bolsa Família é apenas um deles. Então, tem pessoas inscritas que estão dentro do perfil, mesmo com carteira assinada, podem ficar no CadÚnico. A melhoria da renda por meio do trabalho remunerado com carteira assinada permite que elas saiam do Bolsa Família caso a renda delas ultrapassem a do programa", explica Janaína Mapurunga, superintendente de Assistência Social.

Sobre o Bolsa Família

O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil, reconhecido internacionalmente por já ter tirado milhões de famílias da fome. O Governo Federal relançou o programa com mais proteção às famílias, com um modelo de benefício que considera o tamanho e as características familiares, aquelas com três ou mais pessoas passarão a receber mais do que uma pessoa que vive sozinha.

Além de garantir renda básica para as famílias em situação de pobreza, o Programa Bolsa Família busca integrar políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. O Bolsa Família vai resgatar a dignidade e a cidadania das famílias também pela atuação em ações complementares por meio de articulação com outras políticas para a superação da pobreza e transformação social, tais como assistência social, esporte, ciência e trabalho.

Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês. Ou seja, se um integrante da família recebe um salário mínimo (R$ 1.302), e nessa família há seis pessoas, a renda de cada um é de R$ 217. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício.

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