
A estrutura recebeu investimentos da ordem de R$ 9,3 milhões do Governo Federal e integrará a Rede Nacional de Atletismo
A pista foi construída no Setor de Esportes da UFPI, numa área total de nove mil metros quadrados, têm 400 metros, além das áreas para a prática de arremessos e saltos. São oito raias. O equipamento estará apto à buscar certificação internacional nível 2 da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo, na sigla em inglês).
Segundo o reitor em exercício, Prof. Dr. Hélder Nunes Cunha, a pista de atletismo é um sonho antigo dos esportistas piauienses e será utilizada para o desenvolvido um projeto pedagógico visando à promoção da prática do atletismo não só pela comunidade acadêmica, mas também pela população local.
"O Piauí tem vocação para o atletismo. Temos vários piauienses que se destacaram em competições nacionais e internacionais, sem uma estrutura adequada para treinamentos. Agora com a pista, tenho certeza que vamos incentivar muito a prática do atletismo no estado e, em consequência, teremos muitos outros piauienses despontando no Brasil e no mundo nessa modalidade de esporte”, destacou. “A pista de atletismo apesar de estar no espaço físico da UFPI, ela não é só da universidade, é uma pista a ser colocada à disposição de toda a comunidade", completou.
Segundo o ministro do Esporte, Ricardo Leyser, a estrutura dará suporte à formação de novos atletas e ao alto rendimento, nacionalizando os benefícios da realização do megaevento esportivo. “Nós trabalhamos com quatro conceitos relativos ao legado dos Jogos Rio 2016: que seja amplo, chegando a todas as modalidades; democrático, da base ao alto rendimento; nacional, chegando a todas as unidades da federação; e em longo prazo, que não se esgote neste ano e esta inauguração é prova deste compromisso”, disse.
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A pista de atletismo vai integrar a Rede Nacional de Treinamento de Atletismo que o Ministério do Esporte está constituindo em todo o país e abarca construção, reforma, equipagem e operação das pistas e conta com a direção técnica da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), e suas federações estaduais, além da colaboração das faculdades de educação física espalhadas pelo Brasil.
A estrutura contará com 47 pistas oficias, resultado de parceria com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes, num investimento da ordem de R$ 301,8 milhões. Os empreendimentos estão em diferentes estágios: 17 pistas já foram entregues e, além da pista da UFPI, outras três serão inauguradas nesta semana, nos estados de Tocantins, Minas Gerais e Espírito Santo.
A Rede também contará com centros de treinamento. O Ministério está investindo R$ 15 milhões para a construção do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo de Alto Nível em Cascavel (PR), em obras, e investiu R$ 19,5 milhões na Arena Caixa de Atletismo, já inaugurada em São Bernardo do Campo (SP), entregue em 2014.
Centros de Iniciação ao Esporte
Também farão parte da Rede, 137 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs) que terão minicomplexos de atletismo de 100 metros, com área para saltos e lançamentos, num aporte de R$ 522,5 milhões do Governo Federal. Destas, três unidades serão construídas no estado do Piauí, nas cidades de Parnaíba, Picos e Teresina, num investimento da ordem de R$ 10,9 milhões, sendo R$ 10,8 milhões do Ministério do Esporte.
Todas as unidades terão arquibancada, espaço para academia e enfermaria, vestiários, copa, sala de professores e técnicos e outras áreas administrativas. Todos também cumprem requisitos de acessibilidade como rampas, plataforma elevatória, banheiros adaptados, portas mais largas, espaço para cadeiras nas arquibancadas.
Os CIEs servirão, sobretudo, para iniciação à prática esportiva, identificação de talentos e formação de atletas em modalidades olímpicas e paraolímpicas, mantendo conexão com escolas e núcleos de esporte social e comunitário. O CIE será o primeiro estágio dos jovens na modalidade. No Espírito Santo, três CIEs, nas cidades Cariacica, Serra e Vila Velha, terão minipista de atletismo.
Rede Nacional de Treinamento
Criada pela Lei Federal 12.395 de março de 2011, a Rede Nacional de Treinamento é um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos de 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país. A estruturação da Rede Nacional está em andamento e abarca instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paraolímpicas.
Objetivo é criar o caminho para o atleta desde que ele dá os primeiros passos na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as estruturas terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções, com toda a qualificação que isso requer. A Rede Nacional vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para as modalidades, de modo a garantir a formação de base para além de 2016, ou seja, assegurar legado duradouro para o esporte brasileiro.
A Rede Nacional também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.
Bolsa Atleta
Como carro-chefe do apoio federal aos atletas brasileiros, o programa Bolsa Atleta completa dez anos com mais de 5,7 mil bolsas concedidas para o atletismo, num patrocínio total de R$ 68,6 milhões. Somente neste ano, 860 atletas olímpicos e paraolímpicos da modalidade foram contemplados, o que representa investimento de R$ 10,2 milhões no ano. Destes, dez nasceram no Piauí, totalizando investimento de R$ 91 mil no ano.
O Ministério também apoia 58 atletas olímpicos/paralímpicos da modalidade em todo o país com a Bolsa Pódio, a categoria mais alta do programa Bolsa Atleta. O investimento alcança R$ 9,4 milhões.
Fonte: ufpi