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Relembrando o Rei - Há 50 anos Pelé fazia seu milésimo gol

O momento, além de histórico, criou um clima de extrema expectativa e concentração dentro e fora do campo

Redação

Segunda - 16/12/2019 às 07:43



Foto: Divulgação Pelé
Pelé

Comemoramos em 2019 o50º aniversário do milésimo gol de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, fato que elevou ainda mais a magia do seu futebol. O gol em questão, marcado em uma partida contra o Vasco, no Maracanã, aconteceu exatamente às 23h23 do dia 19 de novembro de 1969 e foi resultado de um pênalti sofrido pelo próprio Rei do Futebol.

O momento, além de histórico, criou um clima de extrema expectativa e concentração dentro e fora do campo. Nem mesmo as fortes chuvas que atingiam a cidade no Rio de Janeiro naquele dia conseguiram afastar os 65.157 torcedores que ansiavam por ver a história do futebol sendo escrita diante dos seus olhos.

Pelé, com aquele milésimo gol, entrou para história como nenhum outro jogador fora capaz de fazer. Desde então, o futebol se transformou e consequentemente tudo em redor do dele também. Até mesmo a maneira como realizamos apostas se modificou, deixando tudo o que se precisa saber sobre o Betfair Brasil e outras plataformas de apostas a poucos cliques de distância e mais fáceis de serem analisadas e manuseadas.. A maneira como acompanhamos e torcemos o esporte é agora outra. O que não muda é o fato de Edson Arantes do Nascimento ter eternizado, naquele momento, seu nome na história do futebol mundial.

A partida

Mesmo que aquela disputa entre Santos e Vasco nada pudesse alterar na classificação da Taça Roberto Gomes Pedrosa, não foi uma partida fácil. O empate persistiu até aos momentos finais do segundo tempo, quando o Rei foi acionado na área por Clodoaldo e acabou sendo derrubado. Com a cobrança do pênalti, superou o goleiro Andrada e cravou o milésimo gol de sua carreira. 

“Quero que pensem no Natal, querem que pensem em nossas criancinhas. E faço um apelo para que nunca se esqueçam das crianças pobres, dos necessitados e das casas de caridade”, declarou Pelé à multidão de jornalistas que invadiram o campo logo após o gol.

Expectativa e Felicidade

Quem teve a oportunidade de assistir o momento, é claro, lembra com nostalgia do clima de expectativa que se estendia por todo o país. Dentre estes, está o jornalista José Maria de Aquino, então repórter do jornal O Estado de S. Paulo, que relembra do que sentiu naquele dia.

“A sensação Brasil, entre jornalistas e torcedores, era como alguém na maternidade à espera do nascimento de um filho. Era para sair na Bahia, agora vai, não marcou. Veio o Maracanã, a expectativa era de corredor de maternidade. Eu disse na época que se alguém tivesse planejado que fosse de pênalti estaria certo. E foi. Foi um gol que levou dois, três, quatro, cinco minutos para todo mundo pensar, se preparar, se quisesse chorar que chorasse, a expectativa de ter sido de pênalti foi mais importante do que se fosse numa jogada de bola rolando”, afirmou o jornalista.

E mais que apenas assistir, também existem personagens que participaram ativamente dessa história, a exemplo do ex-volante Clodoaldo, responsável pela jogada que abriu o caminho para o gol. O então camisa 10 não esconde a felicidade de ter tido a oportunidade de participar daquele momento histórico.

“Recebi a bola da intermediária, o Pelé dominou e acabou sofrendo o pênalti. Inclusive, nossa confiança foi tanta que, na hora da cobrança, todos ficamos no meio de campo”, explicou Clodoaldo.

Com a palavra, o Rei

Momentos antes da cobrança do pênalti, além da expectativa, a dúvida sobre o que estaria passando pela cabeça de Pelé naquele instante ressoava na mente de todos os brasileiros. E é próprio Rei do Futebol, que não se sente realmente como tal, quem nos dá essa resposta 50 anos depois.

“Quando arrumei a bola, olhei para trás e todo o time do Santos estava lá atrás em fila, lá no meio e me perguntei: ‘Caramba, e se o goleiro rebate, não tem ninguém, o que aconteceu?’ Comecei a tremer e quando me voltei (para a bola), disse para mim: ‘Ai meu Deus não posso perder’. Foi o pior momento para mim”, lembra o Rei do Futebol, cuja história poderia ter sido bem diferente caso tivesse aceitado a proposta de jogar no Real Madrid.

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