Esportes

TAÇA DAS FAVELAS

Formiga defende o esporte como ferramenta de inclusão em palestra para jovens de Timon

Ex-jogadora da Seleção Brasileira fala sobre sua trajetória, o crescimento do futebol feminino e o impacto social do esporte nas periferias

Da redação

Terça - 29/07/2025 às 15:46



Foto: Piauí Hoje Ex-jogadora da Seleção Brasileira, Formiga
Ex-jogadora da Seleção Brasileira, Formiga

Miraildes Maciel Mota, a Formiga, de 47 anos, ex-jogadora da Seleção Brasileira, Formiga, participou nesta terça-feira (29) de um bate-papo com jovens atletas da Taça das Favelas, realizado no Ginásio Carlos Jansen, em Timon. O encontro aconteceu das 8h às 12h e reuniu atletas, treinadores e membros da comunidade para uma conversa sobre o poder transformador do esporte.

Durante o evento, Formiga compartilhou histórias da sua carreira e destacou a importância do esporte como ferramenta de inclusão e transformação social. Única atleta da história, entre homens e mulheres, a disputar sete edições da Copa do Mundo, ela também comentou sobre o crescimento do futebol feminino no Brasil e as expectativas para o Mundial de 2027.

A ex-futebolista ressaltou o papel do esporte nas periferias e defendeu o reconhecimento das mulheres pioneiras do futebol.  “Entendendo que o futebol feminino não começou hoje, e sim, muitos anos atrás, quando eu não tinha nada. Então eu espero que as próximas gerações possam pegar mais coisas, e que também tenham mais dedicação e disciplina para estar buscando, para estar melhorando”, afirmou.

Formiga também reforçou que o avanço dentro de campo pode abrir portas fora dele, ampliando oportunidades para mulheres em outras áreas do futebol.

“O que acaba dando oportunidade, e não só dentro de campo, a outras mulheres, sendo comentaristas, narrando ou arbitrando. Eu acho que acaba abraçando um todo, né? Na questão de mulheres. Que em 2027, a gente possa fazer uma excelente copa, e que possa transformar de vez o futebol feminino, que temos mais respeito, mais apoio, mais seriedade”, disse.

Formiga defendeu o reconhecimento das mulheres pioneiras do futebol. 

Ao relembrar sua trajetória, ela citou a treinadora Dilma como figura decisiva em sua formação. “Eu sou grata a Deus por ter colocado Dilma na minha vida, foi uma pessoa que me deu a primeira oportunidade e através dela e das pioneiras, que em 78, praticamente, o futebol feminino já estava sendo liberado, “ destacou.

Formiga fez um apelo por mais respeito e reconhecimento às mulheres que construíram o futebol feminino no país. “Que nós mulheres possamos caminhar livremente e fazer o que realmente a gente gosta, que a gente ama, que temos talento, nada melhor do que o reconhecimento, principalmente com a confederação, de ter esse olhar, de contribuir por essas mulheres que tanto fez pelo nosso futebol feminino.”

Para Formiga, investir no esporte em comunidades periféricas é essencial para transformar vidas e oferecer oportunidades reais. “Acredito que quando só dá esperança e não dá a real estrutura, real caminho, não faz sentido, ter o esporte. [...] Então eu espero que esse projeto continue, que ele possa transformar vidas e esforços, de uma certa forma”, destacou.

Ela finalizou reforçando a importância de dar continuidade a projetos como a Taça das Favelas, e dizendo que espera que a esperança continue, que esses jovens possam aproveitar da melhor maneira possível todas as oportunidades e que eles possam sair de suas casas e ir para o mundo, apostando em seus talentos.

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: