
A Secretaria das Mulheres do Piauí (Sempla) promoveu, na terça-feira (11), a capacitação de mais de 60 educadores no projeto "Maria da Penha nas Escolas: Educação pela vida das Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas". A ação, realizada em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), tem o objetivo de ampliar a formação de professores, com foco no combate à violência de gênero nas escolas, especialmente nas áreas rurais e periféricas do estado.
A coordenadora de Educação da Sempla, Erika Ruth, explicou que o projeto visa expandir a ferramenta "Vamos" para as pedagogias alternativas no Piauí, oferecendo aos educadores conhecimentos sobre como identificar casos de violência de gênero e agir de forma adequada dentro do ambiente escolar. Além disso, o projeto busca integrar a temática de valorização das mulheres e respeito às meninas em diversas disciplinas. "O Projeto visa expandir a ferramenta ‘Vamos’ para as pedagogias alternativas do Piauí. E a formação foi para qualificar esses educadores e articuladores para que eles possam compreender quando ocorre um caso de violência e como agir dentro da escola, assim como trabalhar em suas disciplinas conteúdos que valorizem as mulheres e promovam respeito às meninas”, afirmou Erika.
A formação foi realizada em formato virtual e incluiu a participação de educadores e articuladores de várias regiões do estado, além de secretarias de políticas para mulheres de municípios piauienses. De acordo com Erika Ruth, uma nova etapa presencial da formação ocorrerá no final de março, na Escola Família Agrícola (EFA) de São João do Arraial.
A ação faz parte da Semana de Combate à Violência contra as Mulheres, estabelecida pela Lei 14.164, e tem como objetivo conscientizar não apenas crianças e adolescentes, mas também educadores, que são fundamentais para a mudança de mentalidade. Durante o encontro, foram apresentados avanços sobre a Lei Maria da Penha e iniciativas que contribuem para a prevenção da violência no contexto escolar, com destaque para a desconstrução do machismo entre meninos e meninas.
A formação ainda será ampliada ao longo do ano, com o intuito de promover uma maior compreensão sobre os direitos das mulheres e meninas, garantindo um ambiente escolar mais seguro e respeitoso para todos.
Fonte: CCOM/PI