No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado nesta terça-feira (11), o Piauí se destaca pelos avanços na inclusão das mulheres nas áreas científicas. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem promovido ações para aumentar a participação de alunas em competições de conhecimento e em projetos de pesquisa nas escolas.
Um exemplo disso é o Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibic-Jr), realizado pela Seduc em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), que destinou R$ 2,7 milhões para 500 bolsas a estudantes e 125 para professores. Deste total, 55% das bolsas foram oferecidas a meninas, refletindo o compromisso com a igualdade de gênero.
Cada aluna recebe R$ 300 mensais, enquanto os professores orientadores recebem R$ 1.000 por mês, durante dez meses. A ideia é incentivar a pesquisa nas escolas públicas e descobrir novos talentos na área científica.
No Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Cônego Cardoso, em Castelo do Piauí, Mylla Beatriz Soares Alves Brandão, bolsista do Pibic-Jr, desenvolve um projeto sobre as contribuições das agroindústrias familiares locais para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ela se inspira na cientista Marie Curie e destaca a importância da ciência para descobertas e pesquisas. “Ser bolsista me deu ainda mais motivação para seguir nessa área”, afirma a estudante, que também é vice-presidente do Centro de Ciências Humanas da escola.
Além disso, em 2024, as estudantes piauienses conquistaram 1.628 medalhas em olimpíadas nacionais e estaduais, incluindo 383 de ouro, 534 de prata e 711 de bronze. Elas competiram em 26 olimpíadas, como a OBB, OBMEP e Maratona TECH. O projeto Seduc Olímpica oferece suporte aos estudantes e aos professores para que eles se preparem para essas competições, incluindo aulas e materiais específicos.
Alunas premiadas nas olimpíadas estaduais recebem bolsas de R$ 300 mensais por seis meses, podendo acumular até R$ 9.000 se conquistarem prêmios em todas as olimpíadas organizadas pela Seduc.
Geovana Macedo Mineiro, também do Ceti Cônego Cardoso, conquistou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Biotecnologia e bronze na Olimpíada Nacional Feminina de Química. Ela destaca a importância de ter meninas no campo da ciência. Iulla Walleska de Souza, medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências e na Olimpíada Brasileira de Astronomia, ressalta o apoio fundamental dos professores, que incentivam as meninas a explorarem o mundo da ciência.
O secretário de Educação, Washington Bandeira, destaca que é essencial garantir que as meninas não apenas tenham acesso à educação de qualidade, mas também que sejam incentivadas a participar das olimpíadas e projetos de iniciação científica. Para ele, essas iniciativas são fundamentais para garantir que as mulheres tenham protagonismo na ciência e possam inspirar futuras gerações a seguir carreiras científicas.
O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência foi criado pela UNESCO em 2015 para promover a igualdade de gênero e incentivar a presença das mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).
Fonte: CCOM/PI
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