Atualmente, 9 mil estudantes trans estão matriculados em escolas públicas no Brasil, com o nome social registrado. Esse direito foi garantido em 2018 por uma portaria do Ministério da Educação, permitindo que alunos trans usem o nome que escolhem nas documentações escolares.
Segundo um relatório da Rede Trans Brasil, que será divulgado em 29 de janeiro, os estados com o maior número de matrículas são São Paulo (3.451), Paraná (1.137) e Rio Grande do Norte (839). Outros estados, como Rio de Janeiro e Santa Catarina, também têm números expressivos.
O levantamento mostra que em cinco estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, o número de estudantes trans aumentou de 2023 para 2024. No entanto, em outros estados, houve uma queda nas matrículas.
A Isabella Santorinne, da Rede Trans Brasil, destaca que chamar um estudante trans pelo nome social é um ato de respeito e ajuda no acolhimento dentro da escola. Ela também explica que esse respeito faz com que os alunos trans permaneçam na escola e consigam terminar seus estudos.
Além desses dados, o relatório também aponta que o Brasil continua sendo o país com mais assassinatos de pessoas trans no mundo, com 105 mortes registradas em 2024.