Economia

CRESCIMENTO

Vendas de Natal em 2024 superam expectativas e mostram economia aquecida, apesar dos juros

Comércio online e físico registram crescimentos expressivos, impulsionados por itens de lazer e construção

Da Redação

Sexta - 27/12/2024 às 07:18



Foto: Reprodução/Lorena Louise Movimentação para compras de Natal no shopping em Fortaleza
Movimentação para compras de Natal no shopping em Fortaleza

As vendas de Natal de 2024 superaram as previsões de boa parte do mercado, demonstrando um aquecimento da economia brasileira, mesmo com a alta dos juros. Levantamentos da Neotrust Confi, Itaú Unibanco e Índice Cielo apontam resultados positivos, tanto no comércio eletrônico quanto no físico, entre 1º e 25 de dezembro.

De acordo com a pesquisa da Neotrust Confi, as compras online movimentaram R$ 26 bilhões no período, um aumento de 20,6% em relação ao ano passado. O número de pedidos também cresceu 22,2%, totalizando 82,1 milhões de transações, embora o valor médio por compra tenha caído 1,3%, para cerca de R$ 317. O levantamento não considera o efeito da inflação.

A pesquisa do Itaú Unibanco, que inclui vendas em lojas físicas, registrou uma alta nominal de 12,3% na semana anterior ao Natal em comparação com 2023. Os segmentos de restaurantes e bares foram os que mais impulsionaram esse crescimento, com 26,2%, seguidos por turismo e hotéis, ambos com alta de 16%.

Em termos de categorias de produtos, as vendas de itens de esporte e lazer (76,4%) e de casa e construção (74,4%) apresentaram os maiores aumentos. Também houve crescimento nas vendas de eletrônicos (26%) e produtos de saúde (57%). Já os segmentos de eletrodomésticos e telefonia tiveram incrementos de 11,6% e 5,1%, respectivamente.

Apesar do cenário de juros elevados, que deve ter efeitos mais evidentes sobre o consumo em 2025, o desempenho de Natal surpreendeu, superando até os resultados da Black Friday. A Neotrust Confi registrou R$ 9,3 bilhões em vendas durante a Black Friday, um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior. No entanto, a alta das vendas no Natal foi ainda mais expressiva.

A Cielo, por sua vez, observou um crescimento mais moderado, com aumento de 3,4% nas lojas físicas e 2,9% no comércio eletrônico. A empresa atribui parte desse desempenho à migração de compras para a Black Friday e ao maior endividamento das famílias no decorrer do ano.

Embora o cenário econômico continue incerto, com a política fiscal do governo e a escalada dos juros, os dados de vendas indicam uma recuperação e uma confiança do consumidor que pode impulsionar a economia nos próximos meses.

Fonte: Brasil 247

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