Economia

Ricardo Eletro fecha todas as lojas e demite 3.500 funcionários

No Piauí, a Ricardo Eletro possui duas lojas em Teresina e uma em Parnaíba

Alinny Maria

Domingo - 09/08/2020 às 13:41



Foto: Imagem ilustrativa Loja Ricardo Eletro
Loja Ricardo Eletro

A Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro, entrou com um  pedido de recuperação judicial e anunciou por meio de nota que vai fechar todas as mais de 200 lojas físicas em todo país. A empresa tem dívidas que somam mais de R$ 4 bilhões e entre os maiores credores estão o Itaú, Bradesco, Santander e a Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Consul). No Piauí, a Ricardo Eletro tem duas lojas em Teresina e uma em Parnaíba.

Com o fechamento das lojas físicas a empresa tem o objetivo de reforçar o comércio eletrônico para se recuperar da crise financeira. A companhia anunciou que vinha tentando superar crises anteriores, mas agora "vem enfrentando os impactos da pandemia de forma avassaladora. Desde janeiro deste ano, a companhia passou a enfrentar dificuldades no recebimento de produtos chineses destinados à renovação de estoques, devido à paralisação de fornecedores. Em seguida, houve um estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil", disse a nota da Ricardo Eletro.

Além da Ricardo Eletro, a empresa também detém as marcas Lojas Salfer, CityLar, Lojas Insinuante e Eletroshopping no segmento de eletrônicos e eletrodomésticos.  Segundo o Folha de São Paulo, no processo, cerca de 3.500 funcionários ligados à operação física foram demitidos. Sobram mil, sendo 850 de suporte, ligados à logística e entrega, e 150 no escritório.

A varejista informou que a pandemia de Covid-19 interrompeu o seu processo de retomada com a reestruturação da rede, após troca na administração no segundo semestre de 2019. O pedido de recuperação judicial está na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo (SP).

"Esses fatos comprometeram os esforços de reestruturação que a Máquina de Vendas vinha empreendendo. Nesse contexto, a alternativa da recuperação judicial mostra-se o caminho mais viável para que a empresa siga com suas operações normalmente e promova a reorganização administrativa e financeira necessária para superar a situação momentânea de crise e ajustar-se estruturalmente para a nova realidade com varejo, no pós-pandemia. A Máquina de Vendas entende que está no caminho certo e vê a recuperação judicial como um momento transitório na jornada de reconstrução do seu negócio. De maneira inovadora, a Ricardo Eletro foi uma das primeiras a usar de forma intensiva os aplicativos e canais digitais para realizar vendas durante a pandemia, ainda em fevereiro", diz trecho da nota.

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