O sistema de transferências instantâneas Pix atingiu, nessa quarta-feira (15), um total de 171 milhões de transações, marcando o maior volume semanal. O valor médio por operação foi de R$ 530,08, o mais alto registrado desde o início de janeiro. O aumento nas transferências coincidiu com a revogação de uma norma da Receita Federal, que ampliava o envio de dados financeiros por instituições bancárias, após pressões políticas e uma onda de desinformação sobre suposta tributação do Pix.
Apesar do recorde diário, o volume total movimentado ficou abaixo dos dias anteriores. Dados de dezembro mostram uma média superior devido ao impacto do pagamento do décimo-terceiro salário. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a variação é sazonal e não está relacionada às mudanças na norma, ressaltando que o Pix segue em expansão, com aumento de 30,4% no uso em comparação à primeira quinzena de 2024.
A norma revogada gerou polêmica após ser alvo de críticas da oposição e de grupos que divulgaram informações falsas, criando temor de tributação e incentivando golpes financeiros. Diante da crise, Haddad anunciou que uma medida provisória será editada para garantir a gratuidade do serviço e preservar o sigilo bancário.
O vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi apontado como um dos principais fatores que mobilizaram a oposição à norma, alcançando mais de 200 milhões de visualizações. A gestão do debate sobre a fiscalização do Pix gerou desconforto no governo e foi interpretada como um revés para a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: Brasil 247