
O governo do Piauí apresentou à Assembleia Legislativa (Alepi) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, que define como serão aplicados os recursos públicos no próximo ano.
O documento estima que o orçamento estadual alcance R$ 34,6 bilhões, representando um crescimento de 21,8% em relação a 2025, quando o valor foi de R$ 28,4 bilhões.
As áreas de Educação, Saúde e Administração são as que receberão os maiores volumes de recursos.
Segundo a proposta, a Secretaria de Administração e Previdência contará com R$ 4,4 bilhões; a Educação, com R$ 3,5 bilhões; e a Saúde, com R$ 3,3 bilhões.
O governo destaca que as despesas com pessoal e encargos previdenciários devem somar R$ 11 bilhões, considerando todas as fontes de financiamento.
Investimentos e cortes
O orçamento também reserva R$ 4,1 bilhões para investimentos, provenientes de convênios e empréstimos. Os recursos serão aplicados principalmente na modernização do metrô de Teresina, melhoria da malha viária e aquisição de novos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).
Apesar do aumento geral, algumas pastas sofreram redução de verbas. A Segurança Pública, por exemplo, teve queda de 3,1% no orçamento da Polícia Militar, que passa a R$ 837,3 milhões. Já o Corpo de Bombeiros obteve crescimento de 16,6%, subindo de R$ 67 milhões para R$ 78,1 milhões. Mesmo com os ajustes, o setor de segurança manterá R$ 2,1 bilhões no total.
Outros cortes expressivos ocorreram nas secretarias de Integração e Desenvolvimento Regional (-59,3%), Infraestrutura (-58,8%) e Cultura (-36,9%).
Mais recursos para os poderes
Os poderes Legislativo e Judiciário também foram contemplados com aumentos. O Tribunal de Justiça terá elevação de 15,2%, chegando a R$ 1 bilhão; a Assembleia Legislativa, de 8,3%, com R$ 523,1 milhões; e o Tribunal de Contas do Estado, de 13,4%, totalizando R$ 190,6 milhões.
A Procuradoria-Geral de Justiça receberá R$ 310,6 milhões (+8,6%) e a Defensoria Pública, R$ 130,3 milhões (+7,2%).
Novos empréstimos e governança fiscal
O valor destinado a empréstimos e operações de crédito mais que dobrou, passando de R$ 2,7 bilhões em 2025 para R$ 5,8 bilhões em 2026. Segundo o governo estadual, o aumento se deve a dois contratos firmados com o Banco do Brasil — um de R$ 5 bilhões para reestruturação da dívida em até 25 anos, e outro de R$ 2,9 bilhões voltado a projetos de infraestrutura e mobilidade urbana.
“Com a combinação de reestruturação da dívida, financiamentos de longo prazo e foco em áreas essenciais, o Estado inaugura uma nova fase de governança fiscal e orçamentária”, afirma a mensagem encaminhada à Alepi.
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