O Nordeste quer usar a força em energia limpa para atrair novas indústrias e gerar empregos sustentáveis. Durante a COP30, o Consórcio Nordeste assinou um acordo com o Banco do Brasil e o Instituto Clima e Sociedade (iCS) para preparar a região para a chamada industrialização verde, aproveitando o potencial dos ventos e do sol, que fazem do Nordeste a matriz elétrica mais limpa do país.
O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Rafael Fonteles, disse que a parceria vai ajudar a financiar grandes projetos de energia limpa e desenvolvimento. “O Banco do Brasil chega para potencializar o financiamento para a transição energética e para a industrialização verde. Vamos impulsionar os grandes projetos que estão se instalando nos estados nordestinos dentro dessa lógica da descarbonização da economia.”
O acordo se baseia no conceito de powershoring, criado pelo professor Jorge Arbache, da Universidade de Brasília. A ideia é trazer para o Nordeste indústrias que buscam reduzir emissões de carbono, aproveitando a energia renovável e mais barata disponível na região. “O Nordeste encontra um lugar ideal para indústrias que precisam descarbonizar. Essa decisão política pode ser transformadora. Estamos falando de um novo ciclo, que pode gerar empregos, reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento”, afirmou Arbache.

O vice-presidente do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, disse que o banco vai ajudar a definir os setores prioritários e criar novas formas de crédito para empresas sustentáveis. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, destacou o papel estratégico da região: “O Nordeste tem tudo para ser o motor de desenvolvimento do país, especialmente no campo das energias renováveis.”
Fonte: Governo do Estado
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