Economia

INFLAÇÃO

IPCA-15 desacelera em agosta com alta de 0,19%; inflação anual cai para 4,35%

Transporte e Educação Impulsionam Alta; Alimentação e Bebidas Registram Queda

Da Redação

Terça - 27/08/2024 às 09:59



Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo Carrinho de compras no supermercado
Carrinho de compras no supermercado

O IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou uma desaceleração em agosto, com alta de 0,19% em comparação a julho, quando o índice havia subido 0,30%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27).

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou uma variação de 4,35%, uma ligeira queda em relação aos 4,45% registrados no período anterior. Em agosto do ano passado, a inflação foi de 0,28%. Os dados de julho ficaram um pouco abaixo das previsões do consenso de analistas da LSEG, que esperavam uma inflação mensal de 0,20% e uma taxa anualizada de 4,38%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços avaliados, oito apresentaram alta em agosto. O grupo Transportes teve a maior variação e o impacto positivo mais significativo, com aumento de 0,83% e contribuição de 0,17 pontos percentuais. Em seguida, o grupo Educação registrou um aumento de 0,75% e impacto de 0,05 pontos percentuais.

O grupo Alimentação e Bebidas, por outro lado, apresentou uma queda de 0,80%, impactando negativamente o índice em 0,17 pontos percentuais. Essa é a segunda redução consecutiva desse grupo. Outras variações foram mais moderadas, variando entre 0,09% em Comunicação e 0,71% em Artigos de Residência.

No grupo Transportes, a alta foi influenciada pelo aumento no preço da gasolina (+3,33%). Outros combustíveis também subiram, como o etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%). No entanto, as passagens aéreas sofreram uma redução nos preços (-4,63%). Em Educação, o aumento nos cursos regulares foi de 0,77%, principalmente devido às altas no ensino superior (1,13%) e no ensino fundamental (0,57%). Os cursos diversos subiram 0,47%, com destaque para os cursos de idiomas, que aumentaram 0,96%.

No grupo Habitação, o principal impacto veio do gás de botijão, que teve alta de 1,93%. Houve também um aumento na taxa de água e esgoto (0,13%) devido a reajustes tarifários em São Paulo, Salvador e Fortaleza. O gás encanado apresentou alta de 0,17%, em razão do reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro e da mudança nas faixas de consumo em Curitiba (-1,72%).

Além disso, a energia elétrica residencial registrou uma variação negativa de -0,42% em agosto, após ter sido de 1,20% em julho, devido ao retorno da bandeira tarifária verde. Também houve reduções médias nas tarifas de energia em algumas regiões: São Paulo (-1,19%) e Belém (-1,44%).

No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio caiu 1,30%, uma queda mais acentuada que a de julho (-0,70%). Os preços de alimentos como tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%) diminuíram. Em contrapartida, o café moído teve um aumento de 3,66%. A alimentação fora do domicílio subiu 0,49%, acelerando em relação ao mês anterior devido ao aumento nos preços de lanches (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e refeições (de 0,23% em julho para 0,37% em agosto).

Fonte: Brasil 247

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