O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou que recebeu nesta terça-feira (26) uma carta de desculpas do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, no g1, o pedido de desculpas foi visto pelo ministro como uma "vitória" para o Brasil, que ressaltou que o episódio fortalece a posição do país em negociações comerciais, como o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "Agora, tudo volta ao normal", declarou Fávaro, segundo a reportagem.
O atrito entre o Carrefour e os frigoríficos brasileiros iniciou em 20 de novembro, quando Bompard anunciou nas redes sociais que a rede varejista francesa deixaria de vender carnes provenientes do Mercosul, bloco que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A declaração gerou grande repercussão no setor agropecuário brasileiro, levando alguns fornecedores nacionais a suspenderem suas vendas para o Carrefour no Brasil.
Para o ministro, a reação dos produtores foi exemplar. "Essa ação foi de soberania e defesa do Brasil e de seus produtos", afirmou Fávaro. Ele também destacou que a postura dos frigoríficos e do governo brasileiro estabeleceu um precedente importante. "Agora, quando alguém quiser irresponsavelmente prejudicar produtos brasileiros, terão que pensar duas vezes. Fizemos um risco no chão, não aceitamos ações irresponsáveis contra nossos produtos", disse o ministro.
O episódio, segundo Fávaro, não apenas reafirma a força dos produtores brasileiros, mas também posiciona o Brasil como um país que defende firmemente sua reputação no mercado global. "Essa é uma vitória do governo brasileiro e dos produtores, que precisam ser respeitados. Eles são responsáveis e competentes", ressaltou.
A resolução do conflito com o Carrefour também foi vista como um trunfo nas negociações entre Mercosul e União Europeia, um tema sensível no cenário político e econômico global. Ao classificar o desfecho como um fortalecimento do Brasil, Fávaro enfatizou que o episódio é um reflexo da unidade e resiliência do país em defender seus interesses no mercado internacional.
Fonte: Brasil 247