
O enfezado que explodiu o artefato ontem, na Cinelândia, é de substância semelhante ao que atacou, em Brasília, o carro do juiz que mandou prender o pastor do MEC. Ambos revelam uma parte orgânica, à parte o mau cheiro, de uma porcentagem da sociedade identificada com a barbárie e que chafurda um ambiente de medo, covardia, vulgaridade e ressentimento, o qual Bolsonaro deu legitimidade acabando com a vergonha que enrustiam de se expressar como são. Também enfezados ficam, em exposição desagradável dos intestinos do poder, outros tantos fariseus agarrados à retórica “patriótica”, tão fuleira quanto a sofrência e o sertanejo que a embalam. Na verdade, o que queriam mesmo – e conseguiram – era uma sinecura, uma vaga qualquer em ministério com excelente remuneração à custa do Tesouro Nacional.
Otários somos nós
Na rua se diz que "malandro demais se atrapalha". Só malandro, Olivetto sabe disso, enquanto fazemos postagens e comentamos em inúmeras outras sobre a futilidade do texto do cara publicado no Globo. Esta postagem "indignada" é um exemplo. E O Globo, a essa altura, já deve ter vendido patrocínio pro link do artigo superficial e reacionário de um cara que quase ninguém lê, por chato e por lembrar, parafraseando Vinícius, o túmulo da crônica.
Arte de Antônio Rocha: