
As fogueiras juninas são um dos símbolos mais marcantes das festas de São João, especialmente no Nordeste brasileiro. Mais do que apenas iluminar a noite, elas carregam significados religiosos, culturais e até casamenteiros, sendo tradicionalmente acesas em homenagem a Santo Antônio, conhecido como o "santo casamenteiro".
A origem na Europa
A tradição das fogueiras nas festas juninas tem raízes europeias, remontando às celebrações pagãs do solstício de verão, que foram incorporadas pelo cristianismo. No Brasil, a prática foi trazida pelos portugueses durante a colonização e se fundiu com costumes indígenas e africanos, ganhando cores, danças e comidas típicas.
Reza a lenda que as fogueiras foram acesas pela primeira vez para comemorar o nascimento de São João Batista, conforme um acordo entre Maria (mãe de Jesus) e Isabel (mãe de João). A fogueira de Santo Antônio, por sua vez, tornou-se uma tradição entre os devotos que pedem sorte no amor.
As fogueiras tem significado especial nas festas juninas O significado das fogueiras
No Nordeste, as fogueiras não apenas iluminam os arraiais, mas também ocupam um lugar central nos terreiros das casas e nas apresentações de quadrilha. Dizem que o formato da fogueira varia conforme o santo homenageado:
- Santo Antônio (13/06) – Fogueira em formato quadrangular, associada a pedidos de casamento.
- São João (24/06) – Fogueira redonda, simbolizando proteção e abundância.
- São Pedro (29/06) – Fogueira triangular, ligada à proteção dos pescadores e às chuvas.
Além da religiosidade, as fogueiras são um convite à dança, ao forró e à alegria típica do São João, reforçando os laços comunitários e mantendo viva uma tradição secular.
A foto feita por Lícia Nóbrega Avelino ressalta um lado bonito do fogo