O sistema de transporte coletivo de Teresina diminuiu para cerca de um terço de sua capacidade original. Os dados foram apresentados pelo engenheiro Antonio Santana, responsável pelo Plano Diretor do Sistema Viário e de Transporte Coletivo da capital, durante reunião entre a Prefeitura e representantes do BNDES nesta quinta-feira (27). Na pauta, alternativas para melhorar a mobilidade urbana na capital.
"Para vocês terem uma ideia, Teresina tinha 450 ônibus operando por mês, com cada veículo circulando cerca de sete mil quilômetros mensais. Atualmente, são apenas 220 ônibus rodando quatro mil e quinhentos quilômetros", detalhou Santana, ressaltando não é o caso de ter metade do sistema. "Você tem um terço do sistema operado", esclareceu.
O prefeito Silvio Mendes reconheceu a insatisfação popular com o modelo atual. "O sistema de transporte coletivo de Teresina precisa ser repensado. A população reprovou o sistema que nós temos. Essa é a grande verdade. As propostas serão desenvolvidas para detalhamento, saber qual sistema a cidade vai precisar ter, qual sistema vai atender a necessidade das pessoas. Tem que ser feito com cautela para que a população fique satisfeita”, comentou o prefeito.

Paula Fogacci, gerente de projeto do departamento de estruturação de soluções de mobilidade do BNDES, afirmou que a equipe acompanhou a mobilidade urbana em 21 regiões metropolitanas do país, incluindo a capital piauiense, em parceria com o Ministério das Cidades. O estudo agora segue para a segunda fase, que é detalhar cada projeto já mapeado na primeira para entender qual a melhor forma de viabilizar e financiar. Dentro desse estudo nacional foram mapeados 187 projetos, três deles em Teresina.
Fogacci comentou que o fim da atual concessão de ônibus em 2029 será uma oportunidade para melhorar a forma como as pessoas circulam pela cidade. “Que esse sistema seja repensado, reestruturado, aproveitando para implementar os projetos que foram mapeados no estudo nacional”, afirmou.
Fonte: Prefeitura de Teresina