Cidade

Moradores do Lagoas do Norte fazem marcha pelo direito à moradia neste domingo

Os moradores afirmam que estão tendo os direitos violados pelo Programa Lagoas do Norte

Alinny Maria

Domingo - 15/03/2020 às 13:00



Foto: Imagem enviada ao Piauí Hoje Moradores do entorno da Lagoas do Norte em reunião com o Banco Mundial
Moradores do entorno da Lagoas do Norte em reunião com o Banco Mundial

Moradores atingidos pelo Programa Lagoas do Norte (PLN) realizam a 'Grande Marcha pelo Direito à Moradia' às 16h deste domingo (15). O movimento acontece na Avenida Boa Esperança, no bairro São Joaquim, zona Norte da capital. Os organizadores do evento convocam toda a população para participar da caminhada em busca de justiça.

De acordo com Maria Lúcia Oliveira, presidente do Centro de Defesa Ferreira de Sousa, a marcha é organizada pelos próprios moradores e pelo Centro, cujo o objetivo é tentar impedir impedir que o programa siga violando os direitos dos moradores.

"Desde que esse programa começou nosso povo vem sofrendo , pois tem seus modos de vida tradicionais afetados. Vários ofícios foram brutalmente interrompidos ou impactados, como nas olarias, as vazantes, a pesca, a criação de animais. Além disso, muitas famílias foram desabrigadas e outras removidas para locais longe da cidade, sem acesso a direitos e, pior, longe dos seus modos de vida”, desabafa.



Ontem (14), os moradores e assessores técnicos estiveram reunidos com uma equipe do Banco Mundial que enviou uma equipe para acompanhar as obras do Programa Lagoas do Norte e investigar as denuncias dos moradores que afirmam que estão tendo seus direitos violados.  Eles visitaram o bairro São Joaquim e fizeram uma  rodada de diálogo entre os técnicos populares e o Painel de Inspeção.


Maria Lúcia ressaltou que o Centro de Defesa Ferreira de Sousa promove uma série de atividades intitulada “Mapeamento dos Territórios” com o intuito de realizar debates e também estudar o território, de modo coletiva entre comunidade e técnicos populares. Para os moradores, a vinda do Banco Mundial representa uma esperança na tentativa de impedir a continuidade do programa, que afeta as famílias.

Fotos: Sarah Fontenelle

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