
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro-PI) decidiu, em assembleia geral realizada na tarde dessa terça-feira (13), pela manutenção da greve no transporte público de Teresina.
A decisão veio após audiência com a desembargadora Liana Ferraz, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que havia determinado que o Sintetro realizasse uma nova assembleia para discutir outra proposta para a categoria. A desembargadora também havia determinado que as empresas do transporte coletivo cumprissem a liminar que determina a circulação de 80% dos ônibus nos horários de pico e 40% da frota no restante do dia durante a greve.
"A reunião ocorreu de forma cordial e produtiva, ocasião em que a desembargadora ouviu atentamente as argumentações do sindicato, ponderou sobre as possíveis consequências do descumprimento da decisão judicial, mas também se colocou à disposição para colaborar com a intermediação das negociações, dentro dos limites de sua atuação institucional", comunicou o Sintetro, em nota.
Na nova assembleia, os trabalhadores decidiram reduzir a proposta inicialmente apresentada ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut). A nova proposta definida pela categoria inclui um reajuste salarial de 13%, além de R$ 850 de ticket alimentação e R$ 130 de auxílio-saúde.
Anteriormente, os trabalhadores reivindicavam um reajuste salarial linear de 15% para todos os setores da categoria, um ticket alimentação no valor de R$ 900, e R$ 150 de auxílio saúde para todos os trabalhadores.
"A categoria optou por manter o movimento grevista, porém, comprometendo-se a observar integralmente a legislação vigente, especialmente a Lei de Greve, bem como a decisão judicial em vigor. Destacamos que os diretores do sindicato não realizarão piquetes com o objetivo de impedir a saída dos ônibus, garantindo, assim, o respeito às determinações legais e judiciais", informa o Sintetro.
A greve dos motoristas e cobradores foi deflagrada na segunda-feira (12), diante de um não acordo com o Setut.
Para diminuir os prejuízos à população, sobretudo nos horários de pico, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) realizou o cadastramento emergencial de veículos para reforçar o transporte público durante o movimento grevista.
Os veículos cadastrados são identificados com um adesivo que indica a regularização pela Prefeitura de Teresina. A tarifa cobrada para todos os passageiros é no valor de R$ 4. Não tem meia-passagem para estudantes ou gratuidade.
Confira a nota completa divulgada pelos trabalhadores:
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