
Os docentes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), que estão em greve desde o dia 2 de janeiro, se reuniram em assembleia na manhã desta terça-feira (5) para deliberar sobre o fim do movimento. A reunião ocorreu após um encontro com os representantes do governo e docentes, em que foram discutidas propostas de acordo para encerrar a paralisação e retornar com as aulas na instituição.
Durante o encontro, na noite de segunda-feira (4), o Governo do Piauí e os professores da universidade, com mediação do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), acordaram pela retomada imediata das aulas na instituição, um reajuste de 17% para a categoria, com pagamento escalonado em três parcelas de 5,35%, até maio de 2026. O reajuste também será aplicado aos servidores públicos do Estado do Piauí, conforme o governo já havia avisado.
O documento foi assinado pelo secretário de Administração (SEAD), Samuel Nascimento, dirigentes da Associação de Docentes da Uespi (ADCESP), pelo reitor, Evandro Alberto, e vice-reitor, Dr. Jesus Abreu. Em contrapartida, os professores se comprometeram a repor as atividades perdidas no período em que durou a greve, mediante ao novo calendário acadêmico.
“Além do reajuste para a categoria, outras reivindicações dos professores, acumuladas ao longo do tempo, também foram atendidas. "O fato é que essa oportunidade de sentar à mesa, através do Cejusc de 2º Grau, possibilitou às partes interessadas chegarem a um consenso, resultando na melhoria da qualidade do ensino e fazendo com que não haja atraso no período letivo, que ainda está em ajuste, em função das consequências da pandemia”, afirma o desembargador Agrimar Rodrigues.
Também foi discutido durante a reunião o arquivamento do Projeto de Lei Complementar do Governo que altera o Plano de Cargos e Salários, Carreiras e Remuneração dos professores da Uespi. Por solicitação da Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP), a questão vai ser discutida após um estudo sobre o regime de trabalho dos professores com a participação da entidade.
Apesar do fechamento favorável da reunião da noite de ontem (4),o movimento, legalmente, só pode acabar após a assembleia que aconteceu na manhã desta terça-feira (5), e que os professores ainda devem debater seus termos. Explicou a Associação dos Docentes.
Fonte: TJ-PI