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APAGÃO

São Paulo enfrenta quarto dia de apagão; são pelo menos 250 mil imóveis sem energia

Moradores protestam e governo federal pressiona Enel por soluções mais rápidas para a crise

Da Redação

Terça - 15/10/2024 às 08:00



Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil Apagão em São Paulo
Apagão em São Paulo

A cidade de São Paulo e a região metropolitana enfrentam, nesta terça-feira (15), o quarto dia consecutivo de apagão, com cerca de 250 mil imóveis ainda sem energia elétrica, conforme confirmado pela Enel, distribuidora responsável pelo fornecimento. A situação se agrava desde o forte temporal que atingiu o estado na última sexta-feira (11), afetando principalmente a zona sul da capital. Moradores, indignados com a lentidão na resolução do problema, realizaram protestos, bloqueando vias e promovendo panelaços para exigir o restabelecimento da energia.

Além da falta de eletricidade, muitas áreas também enfrentam desabastecimento de água. Segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado na noite de segunda-feira (14), a normalização do abastecimento está em andamento, mas de forma gradual, especialmente em regiões como Capão Redondo, Jardim Antártica e Jardim Peri, além de cidades da Grande São Paulo, como Cotia e Santo André.

A crise também trouxe um saldo trágico: sete mortes foram registradas devido às chuvas. A Defesa Civil confirmou que três pessoas faleceram em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e uma na capital paulista. O caos no trânsito da metrópole foi intensificado pela queda de semáforos, com 187 equipamentos desligados e 48 ainda fora de operação até a manhã desta terça-feira. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mobilizou equipes para garantir a segurança e fluidez do trânsito nas áreas mais afetadas.

Em resposta à pressão popular e às crescentes críticas à atuação da Enel, o governo federal interveio, cobrando soluções mais rápidas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), estabeleceu um prazo de três dias para que a distribuidora resolva os problemas críticos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) realize uma auditoria sobre a fiscalização da Aneel em relação ao apagão. Além disso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, informou que o governo considera uma ação por dano moral coletivo contra a Enel, devido à resposta insatisfatória da empresa.

Diante da gravidade da situação, a Enel ampliou sua equipe, contando com eletricistas de concessionárias de diversos estados brasileiros e recrutando técnicos de suas unidades no Chile, Itália, Espanha e Argentina. A força-tarefa, que inclui empresas como CPFL, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energiza, visa enfrentar a crise.

Embora o prazo estabelecido pelo governo termine na quinta-feira (17), a população de São Paulo ainda convive com a incerteza sobre o total restabelecimento da energia. Para muitos moradores, a espera já é longa demais, e a paciência se esgota, refletindo-se nos protestos que se intensificam nas ruas, com crescentes cobranças por respostas definitivas da Enel e das autoridades responsáveis.

Fonte: Brasil 247

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