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NOVO MINISTRO

Saiba quem é Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência Social

O presidente Lula deu posse ao novo ministro após a saída de Carlos Lupi

Da Redação

Sábado - 03/05/2025 às 10:51



Foto: Ricardo Stuckert Lula, ao lado de Gleisi Hoffmann, dá posse a Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência
Lula, ao lado de Gleisi Hoffmann, dá posse a Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou, na noite dessa sexta-feira (3), o ex-deputado Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social após a saída de Carlos Lupi. 

Queiroz atuava como secretário-executivo da pasta. A cerimônia de posse de Wolney Queiroz contou com a presença da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e foi divulgada pelo presidente Lula através das redes sociais. 

"Assinei agora há pouco a nomeação e posse do novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, em encontro com a participação da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann", escreveu Lula. 


Wolney Queiroz, por sua vez, se disse "honrado" com a indicação de Lula para assumir o cargo. 

"Uma honra ser empossado pelo presidente Lula como novo Ministro da Previdência Social do Brasil. Que Deus nos abençoe nessa missão", publicou nas redes sociais. 

Quem é Wolney Queiroz

Wolney Queiroz é um político pernambucano, natural de Caruaru, com longa trajetória no PDT, partido ao qual é filiado desde 1992. Foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, entre 1995 e 2023, e teve atuação destacada em temas ligados à previdência e aos direitos dos servidores públicos. Em 2022, liderou a oposição ao governo Bolsonaro na Câmara e integrou a equipe de transição do governo Lula, a convite do presidente do PDT, Carlos Lupi, de quem é aliado próximo.

Após deixar o Congresso, assumiu a secretaria-executiva do Ministério da Previdência Social e chegou a ocupar o comando da pasta interinamente em 2024. Com a saída de Lupi, foi nomeado oficialmente como novo ministro da Previdência. 

Saída de Carlos Lupi 

Carlos Lupi (PDT) anunciou nesta sexta-feira (2) sua saída do comando do Ministério da Previdência Social, posto que ocupava havia dois anos e quatro meses, desde o início do atual governo. A decisão vem após uma crise provocada pela revelação de um esquema de fraudes e desvio de recursos envolvendo aposentadorias e pensões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em que pese o fato de o trambique criminoso ter começado ainda no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.

Por meio de uma rede social, Lupi informou: “Entrego, na tarde desta sexta-feira (02), a função de Ministro da Previdência Social ao Presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade”

Lupi nega envolvimento direto

Apesar da crise, Lupi reforçou que não foi citado nas apurações e rejeitou qualquer relação com as irregularidades. Segundo ele, sua decisão busca preservar o governo e o funcionamento do ministério.

"Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula", afirmou o ex-ministro.

A situação de Lupi se agravou mesmo diante do risco de o PDT, partido do qual é presidente licenciado, romper com a base do governo no Congresso, considerada frágil e dependente do apoio de partidos do Centrão.

Repercussões e medidas do governo

O caso também provocou mudanças na chefia do INSS. Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi para a presidência do instituto, foi demitido na semana anterior. Em pronunciamento no Dia do Trabalhador, Lula declarou que determinou à Advocacia-Geral da União (AGU) que processe as associações responsáveis por cobranças indevidas e que garanta o ressarcimento às vítimas.

“Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou o presidente.

Fonte: Revista Fórum

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