Brasil

SEXO COM DETENTOS

Promotor é afastado por ter feito sexo com 20 membros do crime organizado no Acre

Ele aproveitava as diligências oficiais de inspeção nos presídios para se relacionar sexualmente com os condenados

Da Redação

Quarta - 18/09/2024 às 15:10



Foto: Reprodução Promotor de Justiça do Ministério Público no Acre, Tales Fonseca Tranin
Promotor de Justiça do Ministério Público no Acre, Tales Fonseca Tranin

O promotor de justiça do Ministério Público do Acre, Tales Fonseca Tranin, afastado inicialmente por suposta relação com uma facção criminosa, teria feito sexo com pelo menos 20 detentos.

Muito conhecido por ter participado ativamente das negociações que puseram fim à rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, em julho de 2023, Tranin foi afastado da função pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Num primeiro momento, um procedimento investigativo foi aberto contra o promotor, por solicitação do procurador-geral de justiça do Acre, Danilo Lovisaro do Nascimento, como determina a lei, e autorizada pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), uma vez que o promotor tem prerrogativa de foro. 

O afastamento por ordem do CNMP, datada de 20 de agosto, não revela quem seria o autor da denúncia, que apontaria inicialmente para uma suposta relação do servidor público com integrantes de uma grande facção do crime organizado que atua no estado.

No entanto, o que foi revelado posteriormente é que Tranin, na verdade, mantinha relações sexuais com lideranças da referida facção, inclusive dentro dos estabelecimentos prisionais e em diligências oficiais de inspeção das cadeias. Pelo menos 20 homens teriam transado com o promotor agora afastado. Tranin era lotado na 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio.

Numa coletiva de imprensa na sexta-feira (13), o promotor, que estava acompanhado de seus advogados, admitiu aos jornalistas que mantinha relações sexuais com apenados que integram o crime organizado. A admissão confirma o que está presente no relatório que exigiu seu afastamento. O documento acrescenta ainda que tais atos ocorriam durante o horário de expediente de Tranin e que em algumas situações ele teria feito pagamento aos detentos para realizar esses atos sexuais.

Fonte: Revista Fórum

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