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Polícia do Rio diz que são 119 mortos em operação; MP fala em 132

A ação policial resultou na apreensão de mais de 100 fuzis e 200 quilos de drogas, 113 pessoas foram presas

Da Redação

Quarta - 29/10/2025 às 14:07



Foto: Silvia Izquierdo/ Reprodução g1 Corpos foram enfileirados na praça São Lucas no Complexo do Alemão
Corpos foram enfileirados na praça São Lucas no Complexo do Alemão

As forças de segurança do Rio de Janeiro informaram no começo da tarde desta quarta-feira (29) que o número de mortos na megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV) subiu para 119 pessoas. Segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, as vítimas incluem quatro policiais (dois civis e dois militares) e 115 "narcoterroristas".

A operação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares na terça-feira (28), se tornou a mais letal da história do estado. Mais cedo, o Ministério Público do Rio de Janeiro havia reportado um número de 132 mortes. A contagem oficial atual do Estado refere-se aos corpos já contabilizados no Instituto Médico-Legal (IML).

No total, a ação resultou na prisão de 113 suspeitos (33 deles de outros estados) e na apreensão de 10 adolescentes. Mais de 100 fuzis foram apreendidos, além de rádios comunicadores e 200 kg de drogas.

Durante a madrugada desta quarta-feira, um dia após a megaoperação, moradores do Complexo da Penha levaram ao menos 72 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade. Os cadáveres foram encontrados na área de mata entre os complexos do Alemão e da Penha. Relatos indicam que alguns corpos apresentavam marcas de tiros, perfurações por faca nas costas e ferimentos nas pernas. Diante da ausência de informações oficiais, familiares e amigos se reuniram na praça para tentar realizar o reconhecimento.

Alguns dos mortos vestiam roupas camufladas ("de guerra"), tipicamente usadas por soldados da facção criminosa.

A megaoperação escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o Comando Vermelho. Investigadores apontam que a facção atua com alto poder de fogo, capaz de enfrentar tropas de elite de forma prolongada. Pela primeira vez em uma ação desta dimensão no Rio, criminosos utilizaram drones adaptados para lançar explosivos contra as equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), uma tática que permitiu monitorar e atingir o cerco policial em tempo real.

Apesar do número recorde de mortes, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira que a megaoperação foi um "sucesso" e que, "quanto a vítimas, só houve policiais".

Fonte: Metrópoles

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