Do Reino Unido ao mundo: como o críquete virou fenômeno global
Foto: Alessandro Bogliari/Unsplash
O críquete é um dos esportes mais tradicionais do mundo. Com dois batedores e lançadores, a modalidade nascida na Inglaterra no século XVI pode ser confundida com o beisebol, mas conta com certas particularidades, como uma bola de couro característica e partidas que podem durar vários dias.
Embora ainda seja um esporte de nicho no Brasil, o críquete já movimenta mercados em diversas casas de apostas, mostrando todas as suas qualidades que o tornaram uma paixão nacional em países como Índia, Paquistão, Austrália e Inglaterra. Jogue com responsabilidade.
Neste artigo, explicaremos as regras de um jogo cuja aura de tradição e estratégia está profundamente arraigada à cultura de diversos países. Prepare o seu boné, o seu taco e descubra todo o encanto e a complexidade de um esporte que merece mais atenção mundial.
Entendendo o jogo: regras básicas e estrutura do campo
O críquete é um esporte complexo e com regras específicas. O objetivo do jogo, porém, é até simples: obter mais corridas do que o time adversário - uma dinâmica bastante parecida com o beisebol.
As corridas são o sistema de pontuação do jogo e acontecem quando um batedor acerta a bola com o bastão e corre de um lado do campo para o outro.
O críquete, no entanto, tem algumas diferenças marcantes em relação ao beisebol. O principal deles é o formato do campo oval - bem diferente do campo em forma de diamante do beisebol.
Os pilares do críquete: wickets, runs e overs
O coração do jogo é o ‘wicket’, uma estrutura de três estacas verticais com dois pequenos troncos no topo. O batedor tem dois objetivos principais: proteger seu wicket e marcar "runs".
Para marcar runs, os batedores, após atingirem a bola, correm entre os dois wickets no centro do campo. Cada trajetória completa vale um "run" - ou seja, o time pontua.
Caso a bola rebatida alcance o limite do campo após quicar, a equipe do batedor marca quatro runs. Se sair voando, sem tocar o chão, marca seis runs – o equivalente a um home run no beisebol.
O jogo é dividido em "overs", que são conjuntos de seis lançamentos (bolas) por um mesmo bowler. Após um "over", um novo bowler lança do lado oposto do campo, e as posições de campo ajustam-se conforme a jogada.
Como são formadas as equipes do críquete?
Uma partida de críquete envolve duas equipes de onze jogadores cada. Enquanto uma equipe fica rebatendo a bola, a outra se concentra nas outras duas fases do jogo: bowling (lançamento de bola) e fielding (defendendo o campo). A partida é supervisionada por dois árbitros em campo.
Batedor x Bowler: o grande duelo do jogo
O duelo central é entre o bowler e o batedor. O bowler corre até uma linha de lançamento e arremessa a bola com um movimento braçal único, tentando acertar o wicket do batedor ou induzi-lo a um erro.
O batedor, por sua vez, usa o taco para defender seu wicket e rebater a bola para áreas vazias do campo, criando oportunidades para marcar runs.
O batedor pode ser eliminado de várias formas. Como o esporte ainda não é popular no Brasil, as fases do jogo são conhecidas por seus nomes em inglês.
“Bowled”: A bola do bowler acerta e derruba o wicket.
“Caught”: Um jogador de campo apanha a bola rebatida pelo batedor antes que ela toque o chão.
“Leg Before Wicket” (LBW): A bola atinge o corpo do batedor (normalmente a perna) quando estava em trajetória para acertar o wicket.
Um turno de batidas termina quando 10 dos 11 batedores da equipe são eliminados.
O críquete no Brasil: um esporte em desenvolvimento
O críquete no Brasil ainda está em seus estágios iniciais, mas já começa a mostrar resultados. Atualmente, a Confederação Brasileira de Cricket organiza a Seleção Brasileira de Críquete e conta com o apoio do governo federal e foi reconhecida pelo conselho internacional do esporte.
Recentemente, a seleção brasileira feminina de críquete conquistou, pela sétima vez, o título sul-americano da modalidade, o Women's South American Championship 2025. A modalidade tem ganho popularidade, mas ainda carece de investimentos, muito em virtude da ausência do críquete nos Jogos Olímpicos.
Fonte: https://www.olympics.com/pt/esportes/cricket/
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