Foto: Reprodução/Redes Sociais
Rosemary Cordeiro com a amiga Michelle Bolsonaro
A piauiense Rosemary Cardoso Cordeiro é a amiga íntima de Michele Bolsonaro acusada de operar um esquema de Rachadinha e Caixa 2 em favor da ex-primeira-dama, dentro do Palácio da Alvorada, em parceria com tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Rosemary Cordeiro vive em Brasília há cerca de 30 anos. Ela morava com os pais na Rua Ceará, nas proximidades do Iate Clube, na Zona Norte de Teresina. Em busca de emprego e vida melhor, a teresinense foi embora para a capital federal em meados dos anos 1990.
Jovem, bonita, disposta e muito comunicativa, Rosemary se adaptou rapidamente à rotina da capital federal. Lá constituiu família, arranjou emprego de assessora parlamentar no Senado. Fez amigos e amigas, uma delas Michelle Bolsonaro, que algum tempo depois viria se tornar primeira-dama do País.
Pouco tempo depois que se estabeleceu em Brasília a amiga de Michelle, levou os pais, irmãos e outros familiares para conhecer essa nova fase da vida dela. Um dos irmãos mais novos, Franklin Elves Cardoso Cordeiro, resolveu ficar.
Profissional experiente na área da fabricação de móveis, Franklin logo montou uma pequena oficina nos arredores de Brasília e hoje é o próspero e bem sucedido dono da loja Economia Móveis, situada na CLS 04, Bloco A, Lote 03 - em Riacho Fundo I, cidade da 17ª Região Administrativa de Brasília, com cerca de 50 mil habitantes, localizada beira da BR-060, a 22 km do centro da capital da República.
De acordo com fonte do portal em Brasília, com a irmã no centro do escândalo da rachadinha e do Caixa 2 dos Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, a empresa de Franklin Elves Cordeiro entrou no radar dos investigadores.
Rosemary era tão íntima dos Bolsonaro que viajava no avião presidencial
Como era a Rachadinha e o Caixa 2
De acordo com ampla matéria publicada, a assessora parlamentar e amiga pessoal de Michelle Bolsonaro, Rosemary Cardoso Cordeiro, repassava parte de seu salário para a então primeira-dama regularmente em pacotes de dinheiro vivo chamados de “encomendas”.
Se acordo com a reportagem, um funcionário do Palácio da Alvorada, residência do presidente da República, contou ao site Metrópoles, de Brasília, o esquema de corrupção que a família Bolsonaro chefiava.
Segundo o relato, Rosemary Cardoso Cordeiro era assessora do senador Roberto Rocha (PTB-MA) e recebia R$ 6 mil. Depois que a amiga Michelle virou primeira-dama, Rosi, como é chamada, foi promovida e passou a receber R$ 17 mil.
A partir de então, Rosi começou a enviar pacotes de dinheiro vivo para o Palácio da Alvorada. Auxiliares de Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, buscavam as “encomendas” no Congresso Nacional ou na casa de Rosemary, em Riacho Fundo (DF), inclusive usando carros oficiais.
Um funcionário do Palácio disse, em condição de anonimato, que as entregas aconteciam “duas vezes por semana, mais no início do mês”. A “encomenda” era em carregamento de dinheiro vivo, confirmou.
Michelle “pegava dinheiro para pagar as contas mensais que se tinha, [para] as contas particulares que era pego essa quantia”, disse o funcionário.
Um áudio obtido pelo portal Metrópoles confirma as entregas. Nele, Rosemary diz: “Querido, você tá por perto? Tem como a gente combinar uns 40 minutos? Para eu te entregar a encomenda lá da Mi? Aí só me avisa que eu desço para te entregar”.
Os funcionários do Palácio da Alvorada tinham a certeza, segundo o jornal, de que “Rosi repassava a Michelle uma parte do salário que ganhava no Senado”.
O Metrópoles divulgou documentos que comprovam que Mauro Cid era quem pagava o curso de arquitetura da meia-irmã de Michelle Bolsonaro, Geovanna Kathleen.
Além disso, a ex-primeira-dama pedia para a equipe do ajudante de ordens que fizesse saques para entregar dinheiro para familiares ou pagar boletos de gastos pessoais.
Outra mensagem obtida pelo Metrópoles mostra um assessor de Michelle Bolsonaro pedindo, sob ordens da ex-primeira-dama, para que o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, fizesse um saque de R$ 584 para que um boleto fosse pago.
“Boa tarde Cel Cid, dona Michelle pediu o senhor para fazer um saque para pagar esse boleto no valo [sic] de 584,60”, disse o assessor. “Tem que ser hoje, devido o desconto!”.
Mauro Cid respondeu: “só peça dinheiro a mando dela!!!”.
O assessor então falou: “eu estou indo pra rua agora qualquer coisa passo no planalto e pago”. “Ok. Pega na Ajudancia. Já vou deixar avisado”, retornou Cid.
Em janeiro de 2021, o assessor falou que Michelle Bolsonaro pediu uma transferência de R$ 3.000 para a conta dela. “Boa tarde Cel dona Michelle pediu pro senhor transferir 3.000 pra conta dela!”.
Nesse tipo de situação, Mauro Cid e seus assessores faziam depósitos em espécie na boca do caixa. Isso fica demonstrado por um comprovante de 9 de novembro de 2022.
O esquema de rachadinha no Palácio do Planalto está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Michelle fez campanha para Damares Alves ao lado de Rosemary
Novo emprego
Como o senador Roberto Rocha não conseguiu se reeleger, Rosemary perdeu o emprego. Agora, está sendo cotada para assumir um posto no gabinete de Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Bolsonaro.
Fonte: Da Redação com informações do Metrópoles
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