A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, desarticulando uma organização criminosa formada por militares e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O grupo é acusado de planejar o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O plano fazia parte de um movimento maior para implementar uma ditadura no Brasil, segundo informações da revista Veja.
Entre os alvos da operação, estão cinco prisões preventivas, sendo quatro militares (incluindo um general da reserva) e um policial federal. Além disso, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão e aplicou 15 medidas cautelares, como a retirada de passaportes e a proibição de contato entre os investigados. As ações ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, com o apoio do Exército Brasileiro.
Plano detalhado e nome codificado - O plano, chamado de “Punhal Verde e Amarelo”, tinha como objetivo o assassinato de Lula e Alckmin no dia 15 de dezembro de 2022, além da prisão e execução de Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o grupo monitorou o ministro do STF por semanas e possuía conhecimento técnico-militar avançado para executar as ações.
A investigação revelou ainda que o grupo planejava criar um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise", controlado pelos golpistas, para administrar os conflitos e consolidar um regime autoritário.
Nível técnico-militar e ameaça institucional - A maioria dos envolvidos era formada por militares com experiência em Forças Especiais e usava técnicas operacionais avançadas para planejar o golpe. O grupo também estava levantando recursos humanos e bélicos necessários para ações coordenadas contra alvos estratégicos.
As ações do grupo configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, conforme apontado pela investigação.
Os presos
Ao todo, cinco pessoas foram presas preventivamente, quatro delas seriam militares do Exército, que acompanhou a ação da PF. A outra prisão, segundo o site g1, seria de um agente da própria Polícia Federal que participou da elaboração do plano. As identidades dos presos ainda não foram confirmadas oficialmente pela PF. De acordo com o g1, a lista de presos é formada por:
- Mario Fernandes, general de brigada (na reserva) e assessor do deputado General Eduardo Pazuello (PL) que já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis;
- Helio Ferreira Lima, tenente-coronel que já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis;
- Rodrigo Bezerra Azevedo, major;
- Rafael Martins de Oliveira, major que também já havia sido preso por ordem do STF em outra operação;
- Wladimir Matos Soares, policial federal.
Fonte: Brasil 247