A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (17) uma operação contra um esquema de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo uma organização social contratada para gerir verbas públicas da saúde. A ação, que conta com a participação da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), ocorre em Curitiba, região metropolitana e em cidades de São Paulo, como Ribeirão Preto e Santa Isabel. De acordo com a PF, a operação busca localizar bens ocultos, identificar agentes políticos supostamente envolvidos e aprofundar as investigações sobre a atuação da organização social.
O grupo teria usado empresas de fachada e laranjas para justificar contratos superfaturados, possibilitando a divisão irregular de lucros entre empresários, diretores da organização e agentes públicos. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares, como bloqueio de valores, sequestro de bens e proibição de contratação com o setor público para os investigados.
Segundo as autoridades, o esquema envolvia contratos de fachada e a contratação de empresas ligadas ao mesmo núcleo empresarial para prestar serviços médicos, frequentemente com valores superfaturados. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificaram irregularidades significativas no esquema. Apenas em Curitiba, o montante desviado ultrapassou R$ 20 milhões até 2019.
A investigação começou a partir de uma denúncia anônima e foi complementada por informações obtidas na Operação Sépsis, conduzida pela PF em Sorocaba (SP). Os dados levantados permitiram detalhar como o grupo operava, apontando a existência de contratos duplicados para os mesmos serviços e superfaturamento que facilitava os desvios.
Fonte: Com informações da Agência Brasil
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