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MÉDICOS INVESTIGADOS

Médicos são investigados por dizerem que 'câncer de mama não existe'

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) manifestou grande preocupação com a disseminação de notícias falsas sobre o câncer de mama e a prevenção

Da Redação

Quarta - 30/10/2024 às 08:18



Foto: Reprodução Médicos são investigados por dizerem que 'câncer de mama não existe'
Médicos são investigados por dizerem que 'câncer de mama não existe'

Durante o mês de conscientização do Outubro Rosa, que destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, surgiram afirmações falsas de dois médicos nas redes sociais. Lucas Ferreira Mattos e Lana Tiani Almeida da Silva disseminaram informações sem comprovação científica. Em um vídeo, Mattos afirmou que a mamografia aumenta a incidência de câncer de mama e que cistos seriam causados por deficiência de iodo. Lana Tiani, por sua vez, declarou que “câncer de mama não existe” e aconselhou a evitar o exame de mamografia, sugerindo que seus seguidores “esquecessem Outubro Rosa”.

Essas alegações geraram reações imediatas de instituições como o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que classificou as postagens como fake news, e os Conselhos Regionais de Medicina de São Paulo e Pará, que iniciaram investigações sobre os médicos.

Mattos, que tem mais de 1,2 milhão de seguidores no Instagram e está registrado em São Paulo e Minas Gerais, não possui especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Em seu vídeo, ele declarou: “Uma mamografia gera uma radiação equivalente a 200 raios-X. Isso aumenta a incidência de câncer de mama por excesso de mamografia.” O Cremesp está investigando o caso em sigilo.

Lana, registrada no CRM do Pará e também sem especialidade no CFM, se apresentou como “médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas” e fez a afirmação categórica: “Câncer de mama não existe. Esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia.” Após a repercussão, seu perfil foi desativado, mas o conteúdo continuou a circular em aplicativos de mensagens, e o Conselho Regional de Medicina do Pará também está apurando a situação.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) expressou preocupação com a disseminação de desinformação sobre o câncer de mama. Segundo o presidente da SBM, Augusto Tufi Hassan, as notícias falsas e a desinformação colocam em risco a saúde das mulheres. Ele destacou que o câncer de mama é a principal neoplasia maligna entre as mulheres brasileiras, com mais de 70.000 novos casos anualmente. Hassan ressaltou que a mamografia é fundamental para a prevenção, podendo reduzir a mortalidade por câncer de mama em 20% a 30%.

Fonte: Brasil 247

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