O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na quinta-feira (7), da Terceira Sessão Temática da Mesa de Líderes sobre os 10 anos do Acordo de Paris, dedicada às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e ao financiamento climático. Durante o encontro, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com uma transição justa e sustentável e defendeu a ampliação do apoio financeiro internacional para que os países em desenvolvimento possam cumprir suas metas ambientais.
Segundo o presidente, o Brasil seguirá atuando com protagonismo na agenda climática e pretende fazer da COP30, que será realizada em Belém (PA), um marco de renovação dos esforços globais contra a crise climática.
“No que depender do Brasil, Belém será o lugar onde renovaremos nosso compromisso com o Acordo de Paris. Isso significa não apenas implementar o que já foi acordado, mas também adotar medidas adicionais capazes de preencher a lacuna entre a retórica e a realidade”, disse.
Adotado em 2015 por 194 países e pela União Europeia, durante a COP21, o Acordo de Paris estabeleceu um compromisso global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Cada país apresenta suas próprias metas, conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são revistas periodicamente para refletir ambições cada vez maiores.
Lula destacou que as NDCs representam o caminho para concretizar o ideal do desenvolvimento sustentável e que a transição para uma economia de baixo carbono é possível.
“Segundo a Agência Internacional de Energia, no ano passado, o crescimento das emissões foi inferior ao do PIB global. Isso mostra que é possível pensar em um novo modelo de economia sem sacrificar a geração de riqueza”, disse o presidente, ao defender que crescimento econômico e sustentabilidade podem caminhar juntos.
Apesar dos avanços, Lula alertou que o mundo ainda está longe de cumprir os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris. Ele reafirmou o papel do Brasil em impulsionar o compromisso global com a agenda climática e pediu mais ambição dos líderes mundiais.
“Fazer da COP30 a ‘COP da Verdade’ implica reconhecer a ciência e os progressos, mas também admitir uma verdade desagradável: o mundo ainda está distante de atingir o objetivo do acordo”, afirmou.
O presidente concluiu lembrando que o desafio de limitar o aquecimento global exige ação imediata e cooperação internacional.
“O que nos cabe perguntar hoje é: estamos realmente fazendo o melhor possível? A resposta é: ainda não”, declarou.
Fonte: Com informações do GOV.BR
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