Brasil

POPULAÇÃO INDÍGENA

IBGE revela aumento da população indígena nas áreas urbanas

Censo de 2022 mostra que mais da metade dos indígenas vivem em cidades, com crescimento significativo nos últimos 12 anos

Da Redação

Quinta - 19/12/2024 às 11:10



Foto: Fabio Rodrigues-Pozebbom/Agência Brasil População indígena
População indígena

O Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE, revelou que a população indígena no Brasil cresceu 88,96% nos últimos 12 anos, saltando de 896.917 pessoas em 2010 para 1.694.836 em 2022. Esse aumento foi especialmente significativo nas áreas urbanas, que apresentaram um crescimento de 181,6%.

Atualmente, a maioria dos indígenas, 53,97% (914,75 mil pessoas), vive em áreas urbanas, enquanto 46,03% (780,09 mil) ainda residem em regiões rurais. Esse cenário reflete uma mudança importante, já que no Censo de 2010, apenas 36,22% dos indígenas moravam em cidades. A melhora no mapeamento das localidades indígenas pelo IBGE contribuiu para uma coleta de dados mais precisa e detalhada.

A distribuição regional da população indígena urbana também apresenta diferenças. O Sudeste é a região com o maior número de indígenas vivendo em cidades, com 77,25%. O Nordeste tem 62,3%, enquanto as regiões Centro-Oeste (62,05%) e Sul (58,2%) ainda apresentam mais indígenas no campo. Na Região Norte, a distribuição é equilibrada, com metade da população indígena vivendo em áreas urbanas e a outra metade no campo.

Além disso, o IBGE forneceu dados sobre a idade e o gênero dos indígenas. A população urbana tem uma idade média de 32 anos, enquanto a população rural é mais jovem, com uma média de 18 anos. Em relação ao gênero, nas áreas rurais há mais homens, com 105,71 homens para cada 100 mulheres, enquanto nas áreas urbanas, o número de homens é inferior, com 90,25 homens para cada 100 mulheres. Esse número é mais próximo da média nacional, que é de 91,97 homens para cada 100 mulheres.

O Censo Demográfico é a principal pesquisa sobre a população brasileira e serve como base para a formulação de políticas públicas e a alocação de recursos. O levantamento de 2022, inicialmente planejado para 2020, foi adiado devido à pandemia e questões financeiras.

Fonte: Agência Brasil

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