Brasil

PREÇO DOS ALIMENTOS

Governo Lula cria estoques e financia produtores para conter alta dos alimentos

Ministério do Desenvolvimento Agrário está direcionando cerca de R$ 5 bilhões para financiar a produção de alimentos da cesta básica

Da Redação

Segunda - 10/02/2025 às 09:02



Foto: Divulgação Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), está implementando estratégias para conter o aumento dos preços dos alimentos, que tem impactado o poder de compra da população e afetado a popularidade do presidente Lula. Entre as ações planejadas estão a formação de estoques de arroz e milho a preços reduzidos, com a inclusão do trigo sendo estudada.

O MDA também está direcionando cerca de R$ 5 bilhões para financiar a produção de alimentos da cesta básica. Outra possibilidade em análise é a redução da tarifa de importação de determinados produtos.

No entanto, o governo descartou medidas como o controle de preços ou a alteração na validade dos produtos. Segundo a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli de Oliveira, a alta nos preços é ligada ao mercado internacional e deverá diminuir nos próximos meses.

“O Brasil terá uma safra recorde neste ano. Com a ampliação do Plano Safra, redução de juros para financiamento da produção de alimentos da cesta básica e retomada da política de estoques, já conseguimos registrar a menor inflação de alimentos em 2023. Agora, com a queda do dólar e o aumento da produção, os preços devem se estabilizar”, afirmou Oliveira.

A compra de arroz para os estoques será concluída até julho de 2025, com um investimento inicial de R$ 1 bilhão. Este contrato foi estruturado após as enchentes no Rio Grande do Sul, e a expectativa é que os preços do produto caiam significativamente no segundo semestre. O governo utilizará contratos de opção para garantir um preço mínimo aos produtores, evitando grandes flutuações no mercado.

Além do arroz, a mesma estratégia será adotada para o milho e o trigo, com a viabilidade de inclusão do trigo dependendo de estudos adicionais, considerando que o Brasil é atualmente um importador desse produto. A compra de milho, por sua vez, está condicionada à queda dos preços do grão.

Para apoiar os agricultores, o governo está desenvolvendo um plano para redirecionar créditos do Banco do Brasil para financiar a produção de itens essenciais da cesta básica, como arroz, feijão e outros alimentos.

Outra medida em estudo é a eliminação das bandeiras do vale-alimentação, que limitam os estabelecimentos onde o benefício pode ser utilizado, elevando o custo para o consumidor final. O governo afirma que a eliminação dessas bandeiras pode reduzir de 6% a 12% do valor do benefício.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) reconheceu o impacto da inflação nos preços dos alimentos e destacou que o governo federal está tratando a questão como prioridade. Ele explicou que a valorização do dólar e a seca severa no Brasil contribuíram para o aumento dos preços nos últimos meses.

Lula está reativando os estoques reguladores para conter a alta. A Conab cria estoques de arroz e feijão e, quando os preços disparam, libera os produtos para o mercado”, afirmou o deputado. Farias garantiu que o governo federal continuará trabalhando para reduzir os impactos da inflação sobre os mais pobres.

Fonte: Com informações de Diário do Centro do Mundo

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