
Em mais uma demonstração de viés ideológico e distorção histórica, o jornal O Globo publicou nesta quinta-feira (8) um editorial criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por participar, em Moscou, das comemorações dos 80 anos da vitória sobre o nazismo. A cerimônia, realizada na Praça Vermelha, celebra o triunfo da União Soviética — com o Exército Vermelho — contra as forças de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Ao criticar a presença de Lula nas homenagens do dia 9 de maio, o Globo demonstra um profundo desprezo pelos fatos históricos. A vitória dos Aliados sobre o nazismo contou, sem dúvida, com a contribuição decisiva da União Soviética, que derrotou mais de 75% das forças nazistas no front oriental, pagando um preço altíssimo, com mais de 20 milhões de vidas perdidas. Ignorar esse papel, como o editorial faz, é distorcer a história e negar o sacrifício do povo soviético na libertação da Europa do nazismo.
O jornal tenta transformar a cerimônia em uma “traição à memória da Segunda Guerra”, alinhando-se automaticamente à narrativa da Otan e dos Estados Unidos, que desde 2022 buscam usar o conflito na Ucrânia para isolar a Rússia. Dessa forma, o Globo falsifica o passado, transformando uma celebração da paz e da vitória sobre o fascismo em um apoio à guerra — quando, na realidade, o objetivo era apenas preservar a memória histórica.
Ao participar da solenidade, Lula reforça o compromisso do Brasil com uma visão soberana e multipolar do mundo, que prioriza o diálogo entre os países e honra aqueles que realmente combateram o fascismo. Sua presença em Moscou é coerente com sua trajetória e com os valores de paz e justiça que sempre defendeu. Ao lado de líderes latino-americanos como Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel, Lula reforça os laços do Sul Global e resgata uma perspectiva de solidariedade entre os povos, se opondo ao neocolonialismo ainda presente na política mundial.
Enquanto o Globo tenta apagar o papel fundamental do Exército Vermelho e distorcer a história, Lula se coloca, mais uma vez, ao lado da justiça histórica, das vítimas e da resistência contra o fascismo. Não é o presidente brasileiro quem trai a memória da Segunda Guerra, mas aqueles que, movidos por interesses geopolíticos e econômicos, tentam reescrever a história de acordo com suas conveniências.
Fonte: Brasil 247