A Polícia Civil de Mato Grosso investiga o assassinato brutal de Santrosa, uma mulher trans de 29 anos, encontrada morta em uma área de mata em Sinop, a 503 km de Cuiabá, no último domingo (10). Santrosa, que era ativista da causa LGBTQIA+ e ex-candidata à Câmara Municipal de Sinop nas eleições de 2024 pelo PSDB, foi encontrada com sinais de extrema violência. Embora tenha ficado como suplente nas eleições, ela poderia ter se tornado a primeira vereadora trans da cidade.
De acordo com a polícia, Santrosa estava desaparecida desde a manhã de sábado (9), quando saiu de sua casa por volta das 11h. Ela tinha um show marcado para a noite, mas não compareceu. Seu corpo foi localizado em uma região de mata, com as mãos e os pés amarrados e a cabeça decapitada.
A investigação ainda está em andamento, e a polícia não divulgou informações sobre suspeitos ou sobre possíveis ameaças feitas à vítima. Até o momento, não há indícios de que Santrosa tenha registrado denúncias recentes.
Em uma postagem de outubro, a ativista refletiu sobre sua participação nas eleições municipais: "É possível ser a voz das pessoas mesmo não emplacando em números... se a oportunidade for concedida, será executada com excelência", escreveu.
A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso se manifestou sobre o caso, acionando o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) e cobrando respostas das autoridades. O assassinato de Santrosa traz à tona as questões de violência contra pessoas trans e a necessidade urgente de mais proteção e políticas públicas para a comunidade LGBTQIA+.
Fonte: Brasil 247