Brasil

DÍVIDAS

Número de famílias endividadas no Brasil tem aumento pelo terceiro mês consecutivo

Terceiro mês consecutivo de aumento revela crescimento contínuo da demanda por crédito

Da Redação

Segunda - 10/06/2024 às 12:35



Foto: istock/FG Trade Imagem ilustrativa/ Dinheiro brasileiro
Imagem ilustrativa/ Dinheiro brasileiro

O percentual de famílias endividadas no Brasil alcançou 78,8% em maio deste ano, marcando o terceiro mês consecutivo de aumento, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esta taxa representa um aumento em relação aos 78,5% registrados em abril e aos 78,3% de maio de 2023, atingindo o maior patamar desde novembro de 2022.

O relatório revela que as famílias continuam a expandir sua demanda por crédito, aproveitando os custos mais baixos dos juros. Com a taxa básica de juros (Selic) em declínio desde agosto do ano passado, chegando a 10,50% atualmente, a CNC observa um aumento na procura por financiamentos e compras a crédito.

Além disso, o percentual de famílias que se consideram "muito endividadas" subiu para 17,8% em maio, em comparação com os 17,2% registrados em abril.

Embora o índice de inadimplência, que se refere às famílias com dívidas ou contas em atraso, tenha se mantido estável em 28,6% em maio, em comparação com abril, está abaixo dos 29,1% de maio do ano anterior.

No entanto, entre o total de famílias, aquelas que não terão condições de pagar suas dívidas permanecem em destaque, representando 12% em maio, uma leve queda em relação aos 12,1% do mês anterior, mas ainda acima dos 11,8% de maio de 2023.

Os principais fatores de endividamento das famílias incluem o cartão de crédito (86,9% dos casos), carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%). Um destaque positivo foi o cheque especial, presente em apenas 3,9% das dívidas familiares, o menor percentual desde o início da pesquisa em 2010.

A CNC prevê que o percentual de endividados continuará a crescer até dezembro, atingindo a marca de 80,4%.

Fonte: Agência Brasil

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