Brasil

CoronaVac não tem eficácia garantida se a 2ª dose for adiada, diz Butantan

Em razão da escassez de doses do imunizante no Brasil, medida está sendo cogitada como solução. Alternativa cria hiato na campanha de vacinação.

Sexta - 22/01/2021 às 10:35



Foto: Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

A eficácia da CoronaVac não é garantida se os pacientes adiarem a aplicação da segunda dose do imunizante. A informação foi confirmada pelo Instituto Butantan nesta quinta-feira (21) em meio às discussões de adiamento para que o número de pessoas vacinadas aumente.

A sugestão, que foi mencionada pelo secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, não está de acordo com o que os desenvolvedores da vacina recomendam.

A eficácia da CoronaVac não é garantida se os pacientes adiarem a aplicação da segunda dose do imunizante. A informação foi confirmada pelo Instituto Butantan nesta quinta-feira (21) em meio às discussões de adiamento para que o número de pessoas vacinadas aumente.

A sugestão, que foi mencionada pelo secretário municipal de saúde do Rio, Daniel Soranz, não está de acordo com o que os desenvolvedores da vacina recomendam.


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Segundo o Instituto, o estudo clínico da vacina foi projetado para avaliar a eficácia do produto com duas aplicações num intervalo de 14 a 28 dias, e não é possível tirar conclusão sobre a resposta imune de pacientes que passem um período muito mais longo entre as duas doses.


A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirmou também que não recomenda a prática do adiamento da segunda dose da CoronaVac. A eficácia geral da vacina contra adoecimento foi de 50,4% e a proteção contra casos graves foi de 78%. Esses percentuais, porém, só valem dentro do regime de duas doses.


"Não há dados científicos que sustentem uma decisão de dar a segunda dose da CoronaVac num intervalo diferente daquele entre duas e quatro semanas", disse o diretor da entidade, Renato Kfouri.


"Os estudos de fase 2 mostraram uma pequena vantagem em dar na quarta semana após a primeira, mas são estudos menores. E os estudos de fase 3, de eficácia, foram realizados no prazo de 14 dias. Então não existe base para nada diferente disso", afirmou.

Fonte: O Globo

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