Brasil

Casos neonazistas crescem no Brasil durante governo Bolsonaro

A informação consta em um relatório inédito feito pelo Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil

Da Redação

Segunda - 15/08/2022 às 10:45



Foto: REUTERS | AROEIRA Bolsonaro e o neonazistas
Bolsonaro e o neonazistas

Dcm - Relatório inédito feito pelo Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil mostra que as ocorrências de casos neonazistas no país praticamente têm dobrado a cada ano sob o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde 2019, a entidade contabilizou 114 eventos desse tipo. Se naquele ano houve ao menos 12 ocorrências neonazistas, no ano seguinte foram identificadas 21 delas, em 2021, 49, e, no primeiro semestre deste ano, 32. Segundo os autores do documento, não é esperada uma tendência de queda até o fim de 2022.

Foram considerados episódios neonazistas aqueles que fizeram referências explícitas a Adolf Hitler, ao nazismo ou ao holocausto, incluindo fatos e símbolos do regime. Declarações que negaram a ocorrência do extermínio em massa ou que afirmaram que o nazismo foi um movimento de esquerda também foram contabilizadas. Já os eventos antissemitas —dirigidos especificamente a judeus— apresentaram um crescimento menos expressivo. Foram 12 ocorrências em 2019 e em 2020, 18 no ano passado e 11 no primeiro semestre de 2022.

“Esse crescimento sinaliza a gravidade de um processo que, em nosso país, atinge sobretudo os grupos que historicamente sofrem racismo estrutural. Na Alemanha nazista, o foco principal foram os judeus. No Brasil, as vítimas são os povos indígenas e afrodescendentes”, diz o estudo.

Entre os eventos mais graves apontados pelo grupo estão ataques a escolas como o ocorrido na cidade de Suzano (SP), em 2019, e em Saudades (SC), em 2021. Além de resultar em mortes, os episódios deram origem a investigações que desvendaram ligações de seus autores com grupos neonazistas na internet.

Sobrinho de Bolsonaro vai a júri popular por tentativa de feminicídio

Diretor da Caixa é encontrado morto na sede do banco em Brasília

Armados, Rodrigo Amorim e apoiadores agridem e tentam impedir ato de Marcelo Freixo no RJ

Fonte: DCM

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: