Jair Bolsonaro (PL) decidiu se pronunciar sobre prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ex-ministro de seu governo e candidato a vice-presidente na eleição de 2022. Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro criticou a decisão judicial e questionou a necessidade da prisão preventiva do militar.
"Há mais de 10 dias o 'inquérito' foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?", escreveu. Apesar da entrega do relatório, as investigações estão em curso.
A prisão de Braga Netto foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apontou novas evidências apresentadas pela Polícia Federal (PF). Segundo Moraes, os dados indicam a "efetiva ação" do general para obstruir investigações em curso, incluindo a obtenção de informações sigilosas relacionadas ao acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A reação de Bolsonaro ocorre em meio ao aumento da pressão sobre aliados próximos e sobre o próprio ex-presidente, que também está sob investigação no mesmo inquérito. A prisão de Braga Netto representa mais um capítulo no avanço das apurações sobre a tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022.
Fonte: Brasil 247