O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o debate sobre a possível mudança na jornada de trabalho 6×1, um tema levantado por partidos como PT, PSOL e PCdoB. O ex-presidente argumentou que a discussão é um movimento político que “desconecta” as lideranças dos reais interesses do povo brasileiro e cria um conflito entre patrões e empregados, o que poderia “afundar o Brasil”.
Em entrevista à coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, Bolsonaro afirmou que a proposta ameaça uma “cláusula pétrea” da Constituição, que regulamenta os direitos trabalhistas no Brasil, e a considera uma estratégia de partidos “perdidos” que buscam “enganar” a base do mercado de trabalho, oferecendo uma falsa promessa de benefícios, como quatro dias de trabalho e três de folga.
Bolsonaro também comparou as discussões sobre mudanças trabalhistas com temas como ideologia de gênero, associando ambos a “manobras políticas”. Ele mencionou a origem da ideologia de gênero, que, segundo ele, foi impulsionada por um decreto do ex-presidente Lula em 2009.
Além disso, o ex-mandatário citou uma proposta que ele havia formulado com o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, chamada “Minha Primeira Empresa”, que permitiria aos trabalhadores criarem suas próprias empresas com condições mais flexíveis de jornada.
A proposta de fim da jornada 6×1 foi apresentada pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP) e precisava de 171 votos para começar a tramitar na Câmara dos Deputados, alcançados na manhã desta quarta-feira (13). Embora tenha ganhado adesão entre trabalhadores e ministros do governo, enfrenta forte oposição do setor produtivo e de serviços.
Fonte: Brasil 247