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Significados para Reis

Conforme as leituras bíblicas, o ouro pode representar a realeza, afinal Jesus Cristo seria o rei dos judeus, o Messias.

Álvaro Mota

Sexta - 07/01/2022 às 09:09



Foto: Divulgação Reis magos
Reis magos

Ouro, incenso e mirra são, na tradição cristã, os presentes deixados ao Menino Jesus pelos três reis magos, Belchior, Baltazar e Gaspar.  Deriva daí a ideia de que o Natal deve ser celebrado com troca de presentes, porém há muita simbologia nesta visita, registrada  no Evangelho de Mateus.

Conforme as leituras bíblicas, o ouro pode representar a realeza, afinal Jesus Cristo seria o rei dos judeus, o Messias. O incenso tem um sentido da fé, de ligação espiritual e a mirra, uma erva amarga, pressuporia o calvário a que seria submetido para expiar os pecados do mundo.

No mundo atual qual seria a leitura cabível para celebrar o dia de reis, celebrado na terça-feira pasada, e sua simbologia para o mundo? Há qualquer coisa de próximo àquilo que está posto no Evangelho: toda criança vinda a este mundo deveria ser tratada como nobre, porque um bebê representa uma mudança e tanto, a continuidade da vida.

Os presentes dos reis – ouro, incenso e mirra – nos servem também de guias, como que a nos indicar que riqueza e nobreza precisam estar ligados à fé e à humildade e que temos que ter resiliência porque nada na vida é fácil.

Também há outra leitura cabível para o dia de reis, que é a importância da sabedoria e a tolerância em nossas vidas. Embora a tradição cristã trate Belchior, Baltazar e Gaspar como reis, em verdade eles poderiam ser sábios de uma religião diversa ao judaísmo, originalmente a fé seguida pela Sagrada Família. Eles foram à presença de Cristo levados por uma estrela e diante Dele se puseram em adoração e certamente o fizeram porque a fé que remove montanha não pode se amiudar para separar homens entre bons e maus apenas porque têm formas diferentes de acreditar em um mesmo Deus.

O dia de reis, portanto, é uma data para uma boa reflexão sobre passado, presente e futuro, levando-nos a pensar em como devemos agir em relação aos nossos semelhantes, com respeito, praticando a humildade, tendo como boa regra de vida da tolerância.

É também um dia para a alegria de celebrar a vida e a esperança, que se renovam sempre nos corações e mentes do que têm a graça de compreender o mundo como um lugar comum a todas as pessoas, de todas as raças, credos e etnias.

Álvaro Fernando da Rocha Mota é advogado. Procurador do Estado. Mestre em direito pela UFPE. Presidente do Instituto dos Advogados Piauienses – IAP. Ex-Presidente da OAB-PI.

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Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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