Foto: Ilustração
Lunário é um calendário baseado nas fases da Lua
Desde a Mesopotâmia - 2700 a. C., o ano era medido por 12 meses de 29 ou 30 dias, observando-se as fases da Lua e, conforme a tradição oral dos mitos, lendas, fábulas, canções, provérbios e advinhas exerceriam influência no comportamento humano embora não se tenha evidencia científica. Trata-se do calendário lunar diferente do calendário gregoriano em vigor na maioria dos países do mundo.
Essa influência dependeria posição da Lua no firmamento: Lua Nova – os indivíduos ficam reservados, recolhidos; Quarto Crescente - as pessoas ficam realizadoras e de bom humor; na Lua Cheia – ficam propenso à irritabilidade; e Quarto Minguante quando as pessoas ficam menos ansiosos.
A cada uma dessas fases são atribuindo significados e superstições que povoaram a mentalidade de cada época que influencia o comportamento e no corpo humano. O certo é que as fases lunares exercem influência real no regime de marés, nos períodos de plantio e colheita entre outros afazeres. de acordo com cada uma de suas fases.
Essa tradição aportou no Brasil, em especial no Nordeste, desde os tempos do descobrimento gerando uma vasta literatura realçando o fantástico maravilhoso, as sagas e epopeias de homens e mulheres que, em suas lutas e labutas, orientaram suas ações obedecendo as fases do calendário lunar. Toda essa tradição esta inscrita no movimento Armorial que movimentou a cultura nordestina anos atrás e que teve um dos seus representantes mais ilustres Ariano Suassuna.
A política, da mesma forma, se movimento de acordo com um calendário e obedece às fases do processo de organização e registro partidário, convenções, escolha de candidaturas, disputas de pleitos eleitorais, posses de eleitos, assunção de mandatos e sua gestão. Tão logo se fecha essas fases, imediatamente é reiniciado um novo ciclo – como uma engrenagem de moto contínua - que se auto alimenta e movimenta a si mesma.
É nesse ambiente que vamos iniciar o Blog Lunário Político mesclando retrospectivas históricas, atualizações e projeções de futuro na dinâmica política do Piauí e do Brasil. Tratar-se-á continuidade e descontinuidade; atraso e progresso; antigo e moderno; do ao mundo virtual da internet e das múltiplas derivações e aplicações de algoritmos e inteligência artificial.
Siga nas redes sociais
Roberto John
Roberto John Gonçalves da Silva é jornalista, assistente social, mestre em Ciência Sociais (PUC/SP) e doutor em Ciências Políticas (USP/SP) e professor da UFPI aposentado. Foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do Piauí, membro fundador da CUT e do PT, partido pelo qual foi deputado federal.
