Filosofia de Vida

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Um quinto dos recuperados foi depois diagnosticado com transtorno mental

Foram examinados históricos clínicos de 69 milhões de norte-americanos entre os dias 20 de janeiro e 1 de agosto

Redação

Quinta - 12/11/2020 às 17:05



Foto: Divulgação Coronavirus
Coronavirus

Investigadores de Oxford conduziram o maior estudo até ao momento sobre a influência da Covid-19 na saúde mental, neurocientista Fabiano de Abreu explica que isso é comum em doenças que possam trazer um maior risco de vida

Pessoas que estiveram infectada com covid-19 correm um maior risco de, posteriormente, serem diagnosticadas com um transtorno mental, principalmente ansiedade e depressão. Esta foi a conclusão preliminar de um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na revista científica The Lancet. 

Foram examinados históricos clínicos de 69 milhões de norte-americanos entre os dias 20 de janeiro e 1 de agosto, dos quais mais de 62 mil tiveram Covid-19, 18% dos recuperados foram diagnosticados com algum tipo de transtorno mental. 

Procuramos o neurocientista Fabiano de Abreu, que possui artigos científicos internacionais com estudos sobre ansiedade e fadiga, como transtornos e comportamento humano para explicar os efeitos da doença na saúde mental dos curados de covid-19.

"Isso acontece com as pessoas após doenças como gripe, infecções, fraturas, pedra nos rins como muitas outras doenças. Mas a proporção no caso dos doentes de covid-19, no estudo, apresentam dados maiores. Isso está relacionado ao medo da doença agravar, também relacionado a toda essa atmosfera que se coloca em relação ao perigo da doença. Quanto maior o impacto psicológico no risco de vida, maior serão as disfunções nos mensageiros químicos que controlam nossas emoções.

Quanto maior o medo, mais potencializa-se a ansiedade e pode levar ao estresse, é um mecanismo de fuga, de necessidade de sair daquela situação, isso prejudica também na imunidade e, por isso, o risco de vida aumenta." Diz Fabiano de Abreu que relatou que o estudo não traz informações que revelem que a doença em si afete o cérebro. 

"Geralmente esses estudos tentam avaliar se o vírus afeta ou não o sistema nervoso. Mas, como qualquer vírus ativo, afeta não diretamente e sim indiretamente como qualquer outra doença grave." Finaliza o neurocientista.

Fonte: Raphael Lucca

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências; Mestre em Psicologia; Mestre em Psicanálise com formações em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filósofo, Jornalista, Especialização em Programação em Python, Inteligência Artificial e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Membro ativo da Redilat - La Red de Investigadores Latinoamericanos; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Professor e investigador cientista na Universidad Santander de México, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federação Européia de Neurociências; Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associação e sociedades de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

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