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Governo Bolsonaro massacra os pobres em todo o Pais
O novo mega-aumento nos preços do combustíveis já causou impacto imediato na vida dos mais pobres. Por causa do reajuste, as empresas de ônibus que fazem linhas para povoados da Zona Rural de Teresina comunicaram nesta sexta-feira (11) que majoraram de R$ 4,00 para R$ 5,00 o preço das passagens.
Agora, o governo federal coloca a guerra na Ucrânia. Mas não bem assim. Quem autoriza o reajuste é a Petrobras com aval do presidente Jair Bolsonaro. E foi por isso que a Petrobras anunciou na quinta-feira (10) reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. As altas entraram em vigor nesta sexta-feira (11).
Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura - CBIE, foram os maiores reajustes desde o início da política atual de preços, em 2016. Com os aumentos anunciados nesta quinta, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 24,5% em 2022. O preço do diesel vendido pela estatal subiu 35%.
Os ônibus que circulam na zona rural são velhos e desconfortáveis
Preços
No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.
Nesta sexta-feira (11) a gasolina já está sendo vendida a mais de R$ 8,00 em Teresina. O Diesel está a quase R$ 7,00. O botijão de gás de 13 quilos que estava sendo vendido a R$ 110,00 já está sendo comercializado a R$ 140,00 na capital do Piauí.
Há dois anos, na tentativa de amenizar críticas ao Governo Bolsonaro e de enganar a população, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu que o preço do botijão de gás de 13 quilos baixaria para R$ 35,00. A promessa, claro, nunca foi e nem será cumprida.
Inflação, carestia e arrocho
O mega-aumento dos combustíveis pela Petrobras fez disparar a expectativa de inflação para 2022 e tem potencial para deteriorar o quadro macroeconômico do Brasil até o fim do ano, num ciclo vicioso de mais endividamento público e pressão sobre dólar e preços de alimentos.
O impacto dos reajustes da gasolina, gás de cozinha e diesel é estimado em 1,5 ponto percentual pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
Só isso, sem contar o efeito sobre fretes e transportes urbanos, eleva a estimativa do IPCA deste ano de 6,2% para 7,5% —mas há bancos considerando 8,5%.
Comunicado das empresas compartilhados em grupos de watsapp de comunidades rurais
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Luiz Brandão
Luiz Brandão é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí. Está na profissão há 40 anos. Já trabalhou em rádios, TVs e jornais. Foi repórter das rádios Difusora, Poty e das TVs Timon, Antares e Meio Norte. Também foi repórter dos jornais O Dia, Jornal da Manhã, O Estado, Diário do Povo e Correio do Piauí. Foi editor chefe dos jornais Correio do Piauí, O Estado e Diário do Povo. Também foi colunista do Jornal Meio Norte. Atualmente é diretor de jornalismo e colunista do portal www.piauihoje.com.
