Representantes de sindicatos, associações de classe, partidos políticos e movimentos sociais estão organizando manifestações em todo o Brasil no próximo dia 10 de dezembro. O ato, que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos, tem como principais pautas a defesa da democracia e a punição dos responsáveis pelas tentativas de golpe de Estado ocorridas entre 2022 e 2023.
Em Teresina, o evento será realizado na Praça Rio Branco, a partir das 8 horas. A programação inclui discursos, apresentações culturais e uma caminhada simbólica até o Centro Artesanal Mestre Dezinho, na Praça Pedro II, local historicamente associado à repressão durante a Ditadura Militar.
Os organizadores reforçam que o movimento tem como objetivo exigir a responsabilização de todos os envolvidos nas tentativas golpistas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, generais e outros oficiais militares. Eles destacam que o ato é um alerta para a sociedade sobre a importância de proteger as instituições democráticas e honrar os princípios da Constituição.
Dia Internacional dos Direitos Humanos
O ato em 10 de dezembro também celebra os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, reforçando a importância de preservar os direitos básicos da população e de combater qualquer ameaça ao estado democrático de direito.
Além disso, a caminhada até o Centro Artesanal Mestre Dezinho visa relembrar o papel de resistência da sociedade civil e homenagear as vítimas da Ditadura Militar, reafirmando o compromisso com a memória e a verdade.
A organização local do evento realizou reunião no Sindicato dos Bancários de Teresina, na tarde de terça-feira (3), onde foi definida a logística da manifestação. "O ato é aberto ao público, e os organizadores esperam ampla adesão", disse o professor Marcelino Fonteles, um dos organizadores da manifestação em Teresina.
"A sociedade não perdoa mais essa coisa de golpe e tentativa de implantar ditadura no país. Por isso nós vamos às ruas mostrar que a sociedade não aceita anistia aos que tentaram um golpe de estado e quer a prisão e punição exemplar deles para não ocorram mais esses episódios que colocam a nossa democracia em risco", explica o professor Marcelino Fonteles, acrescentado que essas tentativas de golpe só ainda existe porque nunca houve punição ao golpista de 1964, por exemplo.