
A Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Teresina disponibilizam testes gratuitos para a detecção da sífilis, uma infecção bacteriana que requer atenção, por ser transmitida por meio de relações sexuais e que pode afetar mãe e filho, caso seja contraída durante a gravidez. Além dos testes, as unidades de saúde também disponibilizam o tratamento para a doença.
A prevenção da sífilis se dá com o uso de preservativo e da testagem rotineira, em caso de pessoas sexualmente ativas. Como explica a enfermeira Alana Niége, chefe do Núcleo de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Fundação Municipal de Saúde (FMS), a sífilis, na maioria das vezes, é uma doença assintomática, com sinais e sintomas sutis e não valorizados.
"Você pode transmitir sem nem saber que está infectado. Então qual é o ideal? Se você tem vida sexual ativa, é procurar testagem de seis em seis meses ou uma vez a cada ano; e se for gestante não deixar de realizar o pré-natal, para caso seja detectada a doença fazer o tratamento e evitar passar para o bebê", orienta.
Os testes estão disponíveis em todas as 92 UBS do município, além do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fica no centro da capital. Ele é prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. O tratamento também é realizado na própria UBS, por meio do uso de medicamentos como penicilina benzatina.
Alana Niége alerta que, no entanto, a sífilis não confere imunidade permanente, ou seja, após a cura ainda existe o risco de o indivíduo ser novamente infectado, caso mantenha relações com uma pessoa portadora da doença. "Por isso, mais uma vez, fazemos esse alerta a toda a população sexualmente ativa, jovens, adultos e idosos: procurem os serviços de saúde, porque quanto mais cedo testados, diagnosticados e tratados, melhor", diz a enfermeira.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também na gestação, pode apresentar consequências severas, como abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e morte do recém-nascido. Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado pode causar complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Fonte: PMT