
Pesadelos frequentes podem acelerar o envelhecimento e aumentar em até três vezes o risco de morte precoce, de acordo com um novo estudo apresentado no Congresso da Academia Europeia de Neurologia em Helsinque, na Finlândia, em 2025.
Pesadelos já eram associados a um maior risco de doenças como demência, mas este estudo é o primeiro a mostrar que esses sonhos ruins também podem afetar o envelhecimento do corpo e a mortalidade precoce.
Para realizar a pesquisa, foram analisados dados de 4.196 adultos, com idades entre 26 e 74 anos, coletados de quatro grandes estudos de saúde. O acompanhamento durou 18 anos. No início do estudo, os participantes relataram a frequência de seus pesadelos, e as mortes precoces foram registradas como aquelas que ocorreram antes dos 75 anos.
Os resultados mostraram que pessoas que relatavam pesadelos toda semana tinham mais de três vezes o risco de morrer antes dos 75 anos, em comparação com quem não tinha pesadelos. Além disso, esses participantes apresentaram um envelhecimento biológico mais rápido.
Os pesquisadores sugerem que o estresse e a interrupção do sono causados pelos pesadelos podem influenciar o envelhecimento celular. Isso indica que, na prática clínica, pessoas que sofrem com pesadelos frequentes devem ser avaliadas para problemas de sono, estresse e saúde mental. Elas podem precisar de tratamentos como terapia cognitivo-comportamental para insônia ou outras abordagens.
Embora os resultados sejam preocupantes, ainda são necessárias mais pesquisas para saber se o tratamento dos pesadelos pode realmente ajudar a diminuir o envelhecimento e aumentar a expectativa de vida.
Fonte: Com informações da CNN