
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (25), no Palácio do Planalto, a produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa WuXi Biologics, a vacina será incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2026, com uma capacidade inicial de 60 milhões de doses anuais.
Durante o evento "SUS como alavanca da inovação e produção em saúde", o governo também anunciou parcerias estratégicas para a produção nacional de insulina, além de vacinas contra a gripe aviária e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Essas iniciativas visam ampliar a autonomia do Brasil na produção de medicamentos e imunizantes, fortalecendo o SUS e garantindo maior acesso da população a tecnologias de prevenção e tratamento de doenças.
A insulina Glargina será fabricada no país por meio de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a empresa Biomm. A produção ocorrerá na unidade da Fiocruz em Eusébio, no Ceará, com previsão de início do fornecimento ao SUS no segundo semestre de 2025. A expectativa é alcançar uma produção anual de 70 milhões de unidades ao final do projeto.
Em relação à vacina contra o VSR, responsável por infecções respiratórias graves, o Instituto Butantan firmou parceria com a Pfizer para a produção nacional do imunizante. A previsão é de que sejam fabricadas até 8 milhões de doses anuais, com fornecimento ao SUS previsto para começar no segundo semestre de 2025. O investimento total no projeto é de R$ 1,26 bilhão até 2027, com expectativa de evitar cerca de 28 mil internações por complicações da doença anualmente.
Além disso, o governo anunciou a fabricação de uma vacina contra o vírus Influenza H5N8, causador da gripe aviária, como medida preventiva para possíveis emergências sanitárias futuras. A parceria visa garantir um estoque estratégico do imunizante, fortalecendo a capacidade de resposta rápida do país diante de surtos. A capacidade de produção anual é de mais de 30 milhões de doses, posicionando o Brasil na vanguarda do combate a doenças respiratórias globais.
Fonte: Brasil 247