
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Piauí (Abrasel-PI) se manifestou após a confirmação de três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado, dois em Parnaíba e um em Teresina. A entidade informou que não há registros de contaminação relacionados ao consumo em bares e restaurantes.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Abrasel no Piauí, Vitor Bezerra, o setor acompanha o tema com atenção. “Mesmo diante das notícias, o movimento nos bares e restaurantes do estado segue normal, demonstrando a confiança dos consumidores nos estabelecimentos regulares”, destacou Vitor Bezerra.
A Abrasel-PI informou ainda que nenhuma garrafa contaminada com metanol foi encontrada em estabelecimentos do setor, mesmo com as ações de fiscalização conduzidas por autoridades de saúde e segurança.
A entidade reforçou ainda que a falsificação e adulteração de bebidas é um problema grave de saúde pública, que prejudica tanto os consumidores quanto os empreendedores que atuam dentro da legalidade.
Situação no Piauí
O Piauí registrou, até o momento, três casos suspeitos de intoxicação por metanol. Dois pacientes, atendidos no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, já receberam alta. Um homem de 51 anos permanece internado em Teresina, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação. Ele passou por sessões de hemodiálise e apresentou boa resposta ao tratamento, segundo a Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Para coordenar o monitoramento e o atendimento aos casos suspeitos, o estado instalou nesta segunda-feira (6) uma Sala de Situação, reunindo Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público, Ministério da Saúde e Polícia Científica. O objetivo é agilizar investigação, atendimento e monitoramento de novas ocorrências.
Medidas de prevenção e investigação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma chamada pública para identificar fornecedores internacionais do fomepizol, medicamento específico para intoxicação por metanol, atualmente indisponível no Brasil.
A população pode colaborar denunciando a venda de bebidas adulteradas à Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (DECCOTERC) e ao PROCON. Casos de suspeita ou confirmação de intoxicação devem ser comunicados ao CIEVS Teresina ou ao Centro de Informações Toxicológicas do Piauí (CITOX).