Saúde

TRAGÉDIA

Câncer de pâncreas: entenda doença que matou Léo Batista

Do estilo de vida ao histórico familiar, entenda as causas e formas de prevenção da doença

Da Redação

Segunda - 20/01/2025 às 10:39



Foto: TV Globo/Divulgação Jornalista Léo Batista morreu no último domingo (19), aos 92 anos vítima de câncer de pâncreas
Jornalista Léo Batista morreu no último domingo (19), aos 92 anos vítima de câncer de pâncreas

O câncer de pâncreas é uma das neoplasias mais agressivas e com maior taxa de mortalidade, especialmente devido ao diagnóstico tardio. Embora não apresente sinais claros nos estágios iniciais, a doença só é frequentemente identificada em estágios mais avançados, quando o tratamento se torna mais complexo. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) destaca que a detecção precoce é desafiadora, já que os sintomas são comuns a outras doenças e podem ser confundidos com condições menos graves.

Fatores de risco hereditários e não hereditários estão associados ao desenvolvimento do câncer pancreático. Entre os fatores genéticos, estão síndromes como o câncer de mama e ovário hereditário, ligadas aos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2, e a síndrome de Peutz-Jeghers, por exemplo. No entanto, os fatores de risco mais prevalentes são relacionados ao estilo de vida. O tabagismo, o excesso de peso, diabetes e pancreatite crônica não hereditária estão entre as principais causas não genéticas da doença.  

Além disso, a exposição ocupacional a substâncias como solventes e agrotóxicos também pode aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de pâncreas. Profissionais da agricultura, da indústria do petróleo e de manutenção predial são os mais expostos a esses compostos químicos e, portanto, têm maior risco de desenvolver a doença.  

Sintomas e diagnóstico tardio  

O câncer de pâncreas pode se manifestar por uma série de sintomas inespecíficos, como fraqueza, perda de peso inexplicada, dor abdominal e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos). Porém, como esses sinais também são comuns a outras condições, o diagnóstico muitas vezes ocorre em fases avançadas da doença, o que dificulta as chances de cura.  

Uma das formas de identificar precocemente a doença é ficar atento ao surgimento repentino de diabetes em adultos, que pode ser uma manifestação precoce do câncer pancreático. Entretanto, o rastreamento para essa neoplasia ainda não é recomendado, pois não há evidências científicas de que ele traga benefícios claros para a população geral.  

Tratamento e prevenção

O tratamento do câncer de pâncreas varia conforme o tipo do tumor, o estágio da doença e o estado de saúde geral do paciente. A cirurgia é a única opção curativa, mas é indicada apenas em casos em que o diagnóstico ocorre precocemente, o que é raro. Quando a cirurgia não é possível, o tratamento se baseia em quimioterapia e radioterapia, com o apoio de cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida do paciente.  

Para prevenir a doença, o Inca recomenda mudanças no estilo de vida, como evitar o tabagismo, manter um peso corporal saudável e evitar a exposição a substâncias químicas nocivas. Essas medidas podem reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer de pâncreas, além de promoverem uma saúde geral melhor.

Fonte: Agência Brasil

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