A realidade piauiense confirma a baixa incidência do câncer de mama em homens. Em 2023, seis pessoas do público masculino foram diagnosticadas com a doença. Já em 2024, esse número caiu para dois e, em 2025, até o momento, um caso está sob investigação.
Os dados fornecidos pelo Hospital São Marcos, referência no tratamento do câncer no Piauí, mostram o perfil incomum da doença, mas alertam que os sinais da doença não podes ser ignorados.
A campanha do Outubro Rosa, conhecida por destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres, também traz um alerta necessário para os homens. Embora represente apenas cerca de 1% de todos os casos da doença no país, o câncer de mama masculino é uma realidade e sua detecção tardia apresenta um desafio particular.
A conscientização entre os homens ainda é baixa, e muitos acreditam que se trata de uma condição exclusivamente feminina. Os especialistas afirmam que, assim como as mulheres, os homens possuem tecido mamário e, portanto, estão sujeitos a desenvolver a doença, ainda que com muito menos frequência.
Essa falta de conhecimento faz com que, muitas vezes, os sinais de alerta sejam negligenciados, o que pode atrasar a busca por um médico e resultar em um diagnóstico em estágios mais avançados. É por isso que a mortalidade pela doença entre os homens pode ser maior do que entre as mulheres.
Os principais fatores de risco para o câncer de mama masculino incluem a idade, sendo mais comum a partir dos 60 anos, histórico familiar da doença e mutações genéticas hereditárias. Os sinais aos quais os homens devem ficar atentos são similares aos das mulheres: o aparecimento de um nódulo ou massa dura na mama, geralmente indolor; alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações; e inversão ou descamação do mamilo.
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